Vilão de Telefone Preto volta a ganhar destaque com a estreia de “Telefone Preto 2”, e o diretor Scott Derrickson revelou que o personagem nasceu de lembranças violentas de sua infância em Denver.
Ethan Hawke retorna como O Sequestrador, agora ainda mais ameaçador graças a novos poderes sobrenaturais. Embora o conto original de Joe Hill apresente pistas sobre o serial killer John Wayne Gacy, Derrickson buscou experiências pessoais para construir o horror do filme.
Vilão de Telefone Preto: conheça a história real
Ao New York Times, o cineasta contou que queria reproduzir a atmosfera opressora que sentia nas ruas sujas de Denver nos anos 1970. “Havia brigas a caminho da escola, violência doméstica em várias casas e notícias constantes sobre assassinos como Ted Bundy e a Família Manson”, lembrou.
Derrickson relatou um episódio marcante: aos oito anos, um vizinho bateu em sua porta para avisar que a própria mãe havia sido assassinada. Esse choque, somado às agressões que presenciava, serviu de base para o medo que permeia O Sequestrador. “Eu queria que o público sentisse o mesmo terror que eu vivi”, explicou.
Apesar das referências a crimes reais, ele reforça que o antagonista não foi inspirado em uma pessoa específica. No conto de Hill, o vilão é descrito como um homem com sobrepeso vestido de palhaço — alusão direta a Gacy. Já no cinema, Derrickson descartou a fantasia para evitar comparações com “IT” e, desde o início, pensou em Hawke usando uma máscara original, resultando em um visual único.
Em entrevista à IGN, o diretor revelou que trabalhou com o roteirista C. Robert Cargill para criar “um assassino inédito, com maneirismos próprios”. A máscara, dividida em peças que se alteram conforme o humor do personagem, reforça a imprevisibilidade do Sequestrador e amplia seu poder de intimidar.

Com esses elementos, “Telefone Preto 2” aprofunda o passado do vilão e justifica seus novos poderes sobrenaturais. A combinação de traumas reais com ficção fortalece a narrativa e distingue O Sequestrador de monstros já consolidados no cinema de terror.
Para entender como outras produções adaptam casos verídicos ao horror, confira nossa seção de Notícias e continue acompanhando as análises. Boa leitura!
Imagem: Divulgação/Universal Pictures Brasil