Veto no Conselho Deliberativo do Botafogo mobilizou conselheiros após o presidente do órgão, Alberto Macedo, recusar perguntas enviadas fora do prazo que ele mesmo estabeleceu retroativamente. A decisão foi classificada como “censura” pelo ex-presidente do Conselho Deliberativo, Mauro Sodré.
A controvérsia surgiu na reunião extraordinária que, por falta de respostas da SAF, foi convertida em sessão permanente até 14 de outubro. Jonas Marmello, vice-presidente executivo da SAF, compareceu, mas não esclareceu questões financeiras ligadas ao acionista John Textor.
Veto no Conselho Deliberativo do Botafogo causa revolta
Macedo oferecera aos conselheiros a alternativa de enviar questionamentos por e-mail. Seis integrantes encaminharam ao todo 29 perguntas, entre eles Sodré. O CEO da SAF, Thairo Arruda, foi formalmente solicitado para a próxima oitiva, e o CEO do Botafogo associativo, Gilnei Botrel, confirmou que remeteu parte dos questionamentos em 7 de outubro.
Entretanto, o presidente do Conselho rejeitou o lote encaminhado por Sodré às 12h de 8 de outubro, alegando que o prazo se encerrara no dia 7. Não havia menção prévia a data-limite; apenas um pedido de agilidade para que a SAF preparasse as respostas.
Sodré reagiu em nota enviada aos colegas do Conselho, chamando o impedimento de “ato de censura” e afirmando ser “surreal” a fixação de prazo retroativo. Ele promete contestar a medida até obter retorno às suas perguntas, voltadas principalmente à transparência financeira da SAF.
Entre os questionamentos estão: existência de relatórios de endividamento produzidos pelo Conselho Fiscal da SAF; motivos do eventual descumprimento do item 3.4.1 do Acordo de Acionistas; retirada de atas do Conselho de Administração do Portal da Transparência; e o atraso na liberação desses documentos à Mesa Diretora.
A reunião de 14 de outubro será fechada ao público. Até lá, conselheiros esperam respostas formais da SAF sobre dívidas, governança e acesso a informações. Segundo reportagem do portal ge.globo.com, a diretoria do clube ainda não comentou o impasse.
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