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Trump impõe sanção a Moraes e tarifa de 50% ao Brasil; Congresso reage

Parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro celebraram, nesta quarta-feira (30), a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na lista de sanções da Lei Magnitsky assinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Sanção reforça pedidos de impeachment

A decisão americana estimulou deputados do PL a retomar a defesa do impeachment de Moraes no Senado. Líderes bolsonaristas agradeceram publicamente a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que articulou nos EUA em favor de anistia para investigados pelos atos de 8 de janeiro. Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou novo pedido de afastamento do ministro e afirmou que o Senado será cobrado nas urnas caso não avance com o processo.

Para esses congressistas, a penalidade externa comprovaria supostos abusos de autoridade do magistrado. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que Moraes “rasgou a Constituição” e elogiou a medida de Washington.

Tarifa de 50% gera desconforto

Menos de duas horas depois da sanção, Trump assinou decreto que fixa tarifa de 50% sobre determinados produtos brasileiros. A sobretaxa provocou divisão dentro do PL e foi vista por parte da bancada como possível prejuízo econômico resultante das articulações de Eduardo Bolsonaro.

Nas redes bolsonaristas, o impacto comercial recebeu destaque bem menor. Apoiadores atribuíram a responsabilidade do encargo ao governo Lula, alegando falha nas negociações com Washington. Ainda assim, integrantes do partido admitem reservadamente que a nova tarifa cria pressão adicional sobre o setor produtivo.

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Defesa da soberania nacional

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), repudiou qualquer sanção estrangeira a autoridades brasileiras, sem mencionar Moraes nominalmente. Do campo governista, Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a medida como tentativa de intimidar o Judiciário e pediu a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro.

Fora da base petista, o governador Eduardo Leite (PSD-RS) também criticou a punição imposta pelos EUA, alegando interferência externa em instituições nacionais.

Apesar da repercussão, parlamentares reconhecem que iniciativas como o impeachment de Moraes e a concessão de anistia a réus ligados ao 8 de janeiro seguem sem apoio suficiente para avançar no Congresso.

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