Cincinnati Bengals e Trey Hendrickson, líder de sacks da NFL em 2024, voltam a reunir-se após quase todo o período de pré-temporada sem o defensor. O pass-rusher de 30 anos decidiu apresentar-se ao training camp, encerrando a paralisação iniciada por divergências salariais, segundo múltiplos relatos da imprensa norte-americana.
Economia de multas e sinal de boa-fé
A presença do atleta em Cincinnati evita multas diárias de US$ 50 mil, previstas para quem falta aos treinos obrigatórios. Fontes da ESPN descrevem o retorno como “gesto de boa-fé” para manter o diálogo com a direção, embora o jogador deva limitar participação em atividades de campo até que haja acordo.
Hendrickson entra no último ano do vínculo assinado em 2021, que lhe garante US$ 16 milhões. Durante a offseason, o clube autorizou-o a buscar uma troca, mas nenhum negócio progrediu. Enquanto isso, a valorização de jogadores da posição aumentou; T.J. Watt, por exemplo, fechou extensão de três anos e US$ 123 milhões com o Pittsburgh Steelers.
Números sustentam reivindicação
Desde que chegou aos Bengals, Hendrickson soma 56 sacks em quatro temporadas. Foi selecionado para o Pro Bowl em cada uma delas e ultrapassou a marca de 14 sacks em três anos. Em 2024, liderou a liga em sacks, registrou 83 pressões e terminou com 24% de taxa de vitória no pass rush, a segunda melhor do campeonato.
O defensor participou apenas uma vez dos treinos voluntários da equipa e faltou aos OTAs de junho, acumulando possibilidade de multas de até US$ 105 mil. Em maio, declarou publicamente frustração com a falta de avanços nas negociações, mas afirmou buscar manter o processo “o menos pessoal possível”.
Próximos passos
Sem acordo finalizado, Hendrickson pretende permanecer com o elenco enquanto os representantes de ambos os lados discutem valores. O Bengals inicia a pré-temporada nas próximas semanas e conta com o seu principal nome de pass rush pelo menos presencialmente, enquanto a situação contratual segue em aberto.
