Tom Brady critica foco em dinheiro e transferências no futebol universitário

Tom Brady manifestou preocupação com o rumo do futebol americano universitário durante participação recente no programa “The Joel Klatt Show: Big Noon Conversations”. O ex-quarterback, sete vezes campeão do Super Bowl, avalia que a combinação de transfer portal e acordos de nome, imagem e semelhança (NIL) alterou prioridades e pode comprometer o desenvolvimento dos atletas.
Experiência em Michigan serviu de referência
Brady recordou o percurso em Michigan entre 1995 e 1999, quando passou três temporadas como reserva antes de assumir a titularidade. Segundo o ex-jogador, a competição interna lhe deu autoconfiança e resiliência, fatores decisivos para a carreira na NFL. Ele questionou se permaneceria na universidade, caso as regras atuais de transferência estivessem em vigor, e observou que muitos atletas de hoje optam por mudar de programa antes de enfrentar disputas por posição.
Crítica ao excesso de foco financeiro
O antigo camisa 12 do New England Patriots afirmou que o dinheiro passou a dominar o discurso no ambiente universitário. Para ele, pais e treinadores deveriam enfatizar valores que sustentem o atleta ao longo da vida, em vez de priorizar ganhos imediatos. Brady lembrou que, em sua época, recebia um cheque de bolsa de aproximadamente 400 dólares e considerava suficiente para cobrir despesas básicas.
Déficit no desenvolvimento mental e emocional
Na análise de Brady, programas universitários e até franquias da NFL oferecem boa preparação física, mas deixam lacunas na formação mental e emocional dos quarterbacks. O ex-jogador citou a necessidade de ensinar estudo de vídeo, gestão de pressão e superação de falhas diante de grandes públicos. Ele sustenta que elogios constantes e facilidades podem “estagnar” o crescimento emocional dos atletas.

Ao final, Brady reforçou que desafios, competição interna e cooperação com colegas são componentes essenciais para o sucesso coletivo e individual, dentro e fora de campo.