Tecnologia

Tecnologia leva rastreabilidade do algodão brasileiro do campo ao QR Code nas etiquetas

O setor algodoeiro brasileiro intensificou o uso de tecnologia para ampliar produtividade e garantir rastreabilidade da matéria-prima que chega às lojas. Em julho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promoveu a Cotton Trip, visita técnica que reuniu representantes da cadeia têxtil na fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), a 270 km de Brasília, para apresentar inovações que fortalecem o país como terceiro maior produtor e maior exportador mundial de algodão.

Certificação socioambiental

Desde 2012, as fazendas aderem ao Algodão Brasileiro Responsável (ABR), protocolo que audita anualmente itens ambientais, sociais e de governança. Entre as exigências estão cumprimento da legislação, combate ao trabalho infantil e escravo, preservação de recursos hídricos e transparência na gestão. A certificação abrange toda a unidade produtiva, incluindo insumos, fiação, tecelagem e confecção.

Blockchain e QR Code

Abrapa e parceiros implantaram um sistema de blockchain que registra cada etapa, do plantio ao varejo. O consumidor pode ler um QR Code na etiqueta e conferir dados como produtor, fardo, fiadora, tecelagem e loja. Até o momento, 460 mil peças de roupas rastreadas envolvem 99 fazendas de 79 produtores.

Drones e alta produtividade

Ferramentas de agricultura de precisão são empregadas para identificar pragas, como o bicudo-do-algodoeiro. Drones realizam aplicação localizada de defensivos, reduzindo desperdícios. Graças ao clima favorável, ao solo e à tecnologia, apenas 8 % da área plantada na safra 2024/2025 é irrigada, índice que coloca o Brasil como líder mundial em produtividade de sequeiro.

Processo em números

Cada fardo de algodão pesa cerca de 2 t. Após a colheita, máquinas separam sementes das fibras e realizam limpeza minuciosa antes do envio às fiações. Marcas como C&A, Renner, Reserva, Calvin Klein, Dohler e YouCom já comercializam itens com rastreabilidade total.

Tecnologia leva rastreabilidade do algodão brasileiro do campo ao QR Code nas etiquetas - Imagem do artigo original

O movimento Sou de Algodão, criado em 2016, atua para aproximar produtores, indústria e consumidores, reforçando a adoção de práticas sustentáveis e o uso de tecnologias que elevem a competitividade do algodão nacional.

Saiba mais sobre a adoção de inovação e sustentabilidade em outros setores acessando a seção de notícias do nosso site.

Com informações de TecMundo

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