Superman no cinema: contraste entre as versões de Zack Snyder e James Gunn

O Superman ganhou duas leituras distintas na última década: a de Zack Snyder, iniciada em 2013, e a de James Gunn, que estreou em 2025. Ambas preservam elementos clássicos do herói, mas adotam estilos visuais e narrativos opostos.
Superman de Zack Snyder
A trajetória começou em O Homem de Aço, lançado em 2013, com Henry Cavill. O filme mergulhou no conflito de Clark Kent como alienígena em busca de aceitação na Terra.
Em 2016, Cavill voltou em Batman vs Superman: A Origem da Justiça. A produção ressaltou a desconfiança da humanidade diante de um ser quase divino e colocou o herói em rota de colisão com o Batman de Ben Affleck.
Já em 2017, Liga da Justiça levou o personagem à morte e ressureição. A versão exibida nos cinemas, finalizada por Joss Whedon, recebeu críticas negativas. Quatro anos depois, o Snyder Cut foi lançado em 2021, consolidando um Superman épico, de tons sombrios e atmosfera quase messiânica.
A recepção foi dividida: críticos apontaram excesso de seriedade, enquanto parte do público celebrou a abordagem dramática e o impacto visual.
Superman de James Gunn
A reformulação da DC Studios colocou James Gunn à frente de Superman: Legacy, que chegou aos cinemas em julho de 2025. O filme, estrelado por David Corenswet, marcou o ponto de partida de um novo universo compartilhado.
Diferentemente de Snyder, Gunn não recontou em detalhes a origem do herói. O público encontrou um Superman já estabelecido em Metrópolis, mas ainda equilibrando sua herança kryptoniana com a vida humana.
O tom é mais leve e otimista, com figurino de cores vivas e retorno da icônica cueca vermelha. No IMDb, o longa registra nota 7,4 baseada em mais de 200 mil avaliações; no Rotten Tomatoes, tem 83% de aprovação da crítica e 91% do público.

Principais diferenças
Estilo narrativo: Snyder opta por estética épica, cores frias e câmeras lentas, tratando o herói como um semideus. Gunn adota ritmo mais ágil, equilibrando emoção e humor, aproximando Clark Kent do cotidiano dos cidadãos.
Visual: O traje metalizado e de tons escuros de Cavill reforça a atmosfera densa do Snyderverse. Já o uniforme de Corenswet aposta em azul e vermelho vibrantes, alinhado aos quadrinhos clássicos de 1938 e aos filmes de Christopher Reeve.
Pontos em comum
Apesar dos contrastes, ambas as versões mantêm pilares essenciais: a dupla identidade Clark/Superman, o elo com Lois Lane e o dilema entre viver como homem comum ou defensor da Terra. Além disso, o herói segue símbolo de moralidade e liderança, seja como figura messiânica (Snyder) ou farol de esperança (Gunn).
Essas duas leituras evidenciam a maleabilidade do Superman, capaz de se adaptar a diferentes contextos culturais sem perder sua essência.
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Com informações de TecMundo