STJD denuncia árbitro e VAR após erros em Juventude x Inter abre um precedente que pode resultar na maior sanção da temporada ao corpo de arbitragem brasileiro. A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) formalizou acusação contra o árbitro Matheus Delgado Candançan e o responsável pelo VAR, Diego Pombo Lopez, pelo clássico gaúcho encerrado em 1 a 1 no último fim de semana.
A ação foi fundamentada em reunião extraordinária da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com dirigentes do Juventude, quando a entidade reconheceu dois equívocos decisivos: a não marcação de pênalti sobre Ênio, na segunda etapa, e a punição incorreta de cartão amarelo ao colorado Victor Gabriel, lance que, segundo protocolo, exigia expulsão imediata.
STJD denuncia árbitro e VAR após erros em Juventude x Inter
Responsável pela peça acusatória, o procurador Tairone Messias enquadrou os dois oficiais no artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que pune quem deixa de observar as regras do jogo. Messias enfatizou que o objetivo não é anular o placar, mas “afirmar a responsabilização funcional” de árbitro de campo e assistentes de vídeo.
Se a denúncia for aceita pelo Pleno do STJD, Candançan e Lopez serão julgados em sessão ainda sem data definida. A pena prevista varia de 30 a 360 dias de suspensão das atividades profissionais dentro do território nacional, o que pode afastá-los de competições chanceladas pela CBF e federações estaduais.
A própria confederação, que publicou relatório técnico reconhecendo os erros, reforçou a gravidade do caso. Segundo o manual de arbitragem disponível no site oficial da CBF, lances capitais como pênaltis não marcados e erros disciplinares devem ser corrigidos via VAR, o que não ocorreu no Alfredo Jaconi.
No meio esportivo, a expectativa é de que o julgamento sirva de exemplo para elevar o padrão de decisão dos árbitros em partidas decisivas do calendário nacional.
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Crédito da imagem: Lucas Figueiredo/CBF