Silent Hill f falha em acessibilidade, mostra análise e coloca em xeque a inclusão no aguardado título de terror da Konami, lançado em 08/10/2025 para PC e consoles.
Apesar da atmosfera que remete aos clássicos do horror japonês, o jogo apresenta carências severas para pessoas com deficiência (PCD), segundo avaliação conduzida no PlayStation 5 com chave fornecida pela editora.
Silent Hill f falha em acessibilidade, mostra análise
Interface limita usuários
Menus sem ajuste de fonte, ausência de suporte a leitores de tela e impossibilidade de alterar contraste transformam os primeiros cliques em barreira. Ficam disponíveis apenas filtros para daltonismo (deuteranopia, protanopia e tritanopia), um recurso básico que não supre outras necessidades visuais.
Legendas são o destaque, mas incompletas
O jogador pode modificar tamanho, cor, fonte e aplicar fundo às legendas, mas faltam descrições de áudio — elemento fundamental para surdos ou pessoas com deficiência auditiva. Segundo especialistas do site Can I Play That, a prática de incluir legendas descritivas já é considerada padrão da indústria.
Dificuldade restrita
Silent Hill f oferece apenas duas variações de dificuldade: foco em ação ou em quebra-cabeças. Não há modo narrativo para quem busca uma experiência menos punitiva nem níveis mais avançados para desafiar veteranos, ignorando perfis diversos de jogadores.
Controles pouco flexíveis
A personalização limita-se a três predefinições, sem remapeamento completo de botões no PS5. Ajustes finos, como zona morta dos analógicos, também estão ausentes. O DualSense ajuda na imersão, mas não compensa a falta de opções voltadas a acessibilidade motora.
Navegação e gameplay frustrantes
Quebra-cabeças essencialmente visuais e ausência de guias de navegação tornam a progressão difícil para pessoas com baixa visão. O recurso de “concentração” da protagonista emite sons que indicam parry, mas não resolve o problema de orientação em cenários complexos.
No balanço final, apenas os filtros de daltonismo se destacam positivamente. Para fãs da franquia que dependem de recursos de acessibilidade, o Remake de Silent Hill 2, lançado anteriormente, oferece uma experiência mais completa.
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Crédito da imagem: Divulgação/Konami