Dólar recua a R$ 5,52 e Ibovespa sobe após avanços nos acordos tarifários

São Paulo, 23 de julho — O mercado financeiro brasileiro acompanhou o alívio nas tensões comerciais internacionais e encerrou a sessão desta quarta-feira com desvalorização do dólar e alta consistente das ações.
Dólar fecha abaixo de R$ 5,53
A moeda norte-americana caiu 0,8% e foi negociada a R$ 5,522 no fim do dia. Durante a sessão, atingiu máxima de R$ 5,578 e mínima de R$ 5,516. Na véspera, havia ficado praticamente estável, a R$ 5,56. Mesmo com o recuo, o dólar ainda acumula avanço de 1,66% em julho, mas perde 10,72% frente ao real em 2025.
Ibovespa ganha força e supera 135 mil pontos
O principal índice da B3 subiu 1,1% e alcançou 135,5 mil pontos, após variação quase neutra no dia anterior. No mês, o indicador ainda registra queda de 2,37%, porém mantém valorização anual de 12,53%.
Entenda o que movimentou os mercados
O desempenho positivo foi influenciado pelos primeiros entendimentos entre os Estados Unidos e países alvo das novas tarifas comerciais, previstas para entrar em vigor em 1.º de agosto. O governo norte-americano reduziu a alíquota sobre produtos japoneses de 25% para 15% e anunciou expectativa de investimentos de até US$ 550 bilhões vindos do Japão. O acordo inclui abertura de mercado para veículos, arroz e outros itens agrícolas.
No mesmo contexto, Washington diminuiu tarifas sobre importações das Filipinas de 20% para 19% e da Indonésia de 32% para 19%. Negociações com a União Europeia também avançam: segundo o Financial Times, a taxa de 30% pode cair para 15%.
As sinalizações de trégua impulsionaram índices acionários nos Estados Unidos, Europa e Ásia, repercutindo no apetite por risco dos investidores que operam no Brasil.
Próximo foco: decisão do Banco Central Europeu
Os participantes do mercado aguardam a reunião de política monetária do Banco Central Europeu marcada para quinta-feira (24/7). Na última decisão, a instituição reduziu as três principais taxas de juros em 0,25 ponto percentual, movimento que continuará no radar dos investidores.