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Sánchez pede união contra tarifas de Trump em encontro no Paraguai

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, defendeu nesta quarta-feira, em Assunção, uma resposta conjunta ao protecionismo comercial dos Estados Unidos. O apelo foi feito durante um fórum empresarial que contou com a presença do presidente do Paraguai, Santiago Peña, e de representantes de companhias dos dois países.

Apelo por frente comum na Europa

Sánchez classificou as tarifas impostas pelo governo norte-americano de “mal chamadas recíprocas” e reforçou que a prioridade é evitar uma guerra comercial. Segundo o líder espanhol, caso o confronto tarifário avance, a União Europeia precisa “estar à altura das expectativas” das suas empresas. Ele propôs destinar eventuais receitas de contramedidas europeias a um fundo de apoio aos setores mais afetados.

O chefe do governo lembrou que Madri já apresentou um Plano de Resposta e Relançamento Comercial logo após o anúncio das tarifas norte-americanas. Para ele, “não ficar de braços cruzados” é essencial para proteger empregos e competitividade.

Potencial de investimento no Paraguai

Ao lado de Peña, Sánchez destacou que a economia paraguaia oferece “enorme oportunidade” para empresas espanholas. Citou a participação de grupos da Espanha na duplicação das rodovias 2 e 7, na futura via expressa elevada Assunção-Luque e em projetos para melhorar as rotas Assunção-Encarnación e Encarnación-Ciudad del Este. O dirigente acredita que a experiência espanhola em infraestrutura, tecnologias e agronegócio pode acelerar o desenvolvimento local.

O primeiro-ministro sublinhou ainda que a cooperação espanhola investiu mais de 200 milhões de euros no Paraguai ao longo de quase quatro décadas, contribuindo para que o crescimento alcance toda a sociedade.

Acordo UE-Mercosul como “marco fundamental”

Sánchez afirmou que a ratificação do tratado entre União Europeia e Mercosul representa passo decisivo contra o avanço do protecionismo. Disse contar com o apoio do governo paraguaio para concluir o processo e reiterou a necessidade de fortalecer “uma ordem multilateral baseada em regras claras”.

Ao encerrar a visita ao Cone Sul, o líder espanhol reforçou que somente “trabalhando lado a lado com parceiros estratégicos e confiáveis” será possível enfrentar as tensões comerciais globais e gerar benefícios mútuos.

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