noticias

Tarifas de 145% nos EUA travam expansão da The Tote Library e cortam 50% da receita

CATALINA MENDOZA, de 26 anos, decidiu suspender as vendas da The Tote Library para os Estados Unidos após o governo norte-americano elevar para 145% as taxas de importação sobre produtos fabricados na China. A medida atingiu diretamente a marca europeia de bolsas, que produzia toda a sua linha em território chinês e obtinha metade do faturamento no mercado norte-americano.

Investimento concentrado no mercado norte-americano

Fundada em 2022, a empresa ganhou visibilidade com vídeos virais no TikTok. Animados pelo retorno, Mendoza e o marido destinaram mais de US$ 32 mil a campanhas publicitárias, parcerias com influenciadores e ao envio de mil unidades de amostra. O objetivo era criar um centro logístico nos EUA para encurtar prazos de entrega e acelerar o crescimento.

Tarifas inviabilizam modelo de negócio

Com as novas alíquotas, o custo de importação subiu a níveis incompatíveis com a margem apertada praticada pela marca, que se posiciona no segmento premium. Sem espaço para reajustar preços, a The Tote Library retirou os EUA da sua loja online, eliminando a principal fonte de receita em um único movimento.

Consequências financeiras e operacionais

Sem investidores externos, o capital de giro ficou comprometido após os gastos em marketing. A fundadora passou a rever a folha de pagamento, composta por duas pessoas na área de marketing e redes sociais. Embora as tarifas tenham sido reduzidas temporariamente por 90 dias, a instabilidade regulatória e a perda de confiança dos consumidores dificultam a retomada das vendas no país.

O caso evidencia os riscos de dependência de um único mercado e o impacto de mudanças tarifárias sobre pequenos negócios globais que operam em cadeias de suprimento internacionais.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo