A realidade virtual (VR) – tema recorrente em filmes como “Matrix” e “Jogador Nº 1” – vem deixando o universo da ficção para se firmar no cotidiano. Publicada em 27 de agosto de 2025, a reportagem do TecMundo detalha de que forma a tecnologia cria ambientes simulados, quais equipamentos são necessários e em quais áreas os recursos imersivos já se destacam.
Do estereoscópio ao headset
Embora o termo “realidade virtual” seja recente, a ideia de enganar a visão humana existe desde o estereoscópio, inventado no início do século XIX pelo cientista Charles Wheatstone. A técnica ganhou reforço em 1962 com o Sensorama, máquina multissensorial criada pelo cineasta Morton Heilig para simular um passeio de moto por Nova York, incluindo vento no rosto e aromas da cidade.
Como a tecnologia funciona
Uma experiência VR exige software capaz de gerar modelos tridimensionais, texturas, efeitos sonoros e uma lógica de interação que permita ao usuário movimentar-se e interagir com objetos virtuais. A parte de hardware fica a cargo dos headsets, que trazem telas de alta resolução dispostas de modo estereoscópico para criar sensação de profundidade, além de suporte a áudio espacial. Controladores de movimento, luvas sensoriais e outros acessórios ampliam a imersão.
Principais óculos disponíveis
Entre os modelos mais populares estão os Meta Quest 2, Quest 3 e Quest 3S, que funcionam sem fios e contam com controles por gesto, conectividade Bluetooth e Wi-Fi, além de áudio imersivo. No segmento de consoles, o PlayStation VR2, compatível com o PS5, aposta em duas telas OLED com resolução 4K e rastreamento ocular.
Para quem busca opções acessíveis, há unidades da HTC, HP e Valve. Na faixa premium, Apple Vision Pro e Microsoft HoloLens 2 reúnem recursos de realidade aumentada e, consequentemente, preços mais altos.
Especialistas alertam que alguns usuários podem sentir enjoos ou desconforto durante as primeiras sessões ou após uso prolongado.
Aplicações além do entretenimento
Jogos e filmes em 360° são apenas a porta de entrada. A VR já serve para treinar estudantes de medicina em anatomia humana, preparar cirurgiões para novas técnicas e auxiliar no controle da ansiedade de pacientes antes de procedimentos. Pilotos de avião, socorristas e militares também utilizam simuladores avançados para reduzir custos e riscos.

Na educação, a tecnologia permite aulas interativas sobre temas variados; na arquitetura, viabiliza visitas virtuais a plantas e maquetes; nas artes e no design, facilita a modelagem de obras em três dimensões.
VR x realidade aumentada
Enquanto a VR substitui totalmente o ambiente real por um universo digital, a realidade aumentada (RA) sobrepõe elementos virtuais ao mundo físico, permitindo que o usuário continue vendo o entorno. Jogos como “Pokémon Go”, aplicativos de navegação e filtros de redes sociais são exemplos práticos de RA.
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Com informações de TecMundo