Ransomware continua sendo a maior dor de cabeça da segurança digital, sequestrando arquivos e dispositivos inteiros em troca de resgate, quase sempre pago em criptomoedas.
O golpe funciona assim: o malware invade o sistema, criptografa dados e exibe um aviso exigindo pagamento para liberar a chave de descriptografia. Muitas vezes, os criminosos ainda ameaçam vazar informações confidenciais caso a vítima se recuse a pagar.
Ransomware: como se proteger e evitar prejuízos digitais
Existem duas categorias principais. No ransomware criptografado, apenas arquivos e pastas são bloqueados; já o não criptografado impede a inicialização do próprio sistema operacional. Variantes como leakware, wiper e scareware ampliam o leque de táticas, incluindo extorsão pela divulgação ou destruição permanente dos dados.
Phishing por e-mail, engenharia social e exploração de falhas em softwares desatualizados são os vetores de infecção mais comuns. Segundo relatório da CISA, 90% dos ataques de ransomware em 2024 começaram com um clique em links maliciosos.
Para empresas, o impacto financeiro pode alcançar centenas de milhões de dólares, sem contar danos à reputação e paralisação de serviços críticos. Órgãos públicos e usuários domésticos também figuram entre os alvos frequentes, enfrentando perda de documentos, fotos e dados bancários.
Boas práticas reduzem drasticamente o risco. Mantenha sistemas e antivírus atualizados, baixe aplicativos apenas de fontes confiáveis, desconfie de anexos e links não solicitados e use autenticação em dois fatores. Backups regulares, preferencialmente offline, garantem a recuperação dos arquivos sem depender dos criminosos.

A inteligência artificial tornou o cenário ainda mais complexo. Exemplos como o PromptLock, identificado pela ESET, mostram que modelos de IA já analisam dispositivos para decidir se roubam, criptografam ou apagam informações, elevando a sofisticação dos ataques.
Se for vítima, desconecte imediatamente o equipamento da rede, registre o incidente em delegacia especializada e procure auxílio técnico. As autoridades, como o FBI, desaconselham o pagamento do resgate, pois não há garantia de recuperação dos dados e o valor financia novas ofensivas.
Em síntese, a combinação de atualização constante, treinamento de usuários e políticas rígidas de backup cria barreiras sólidas contra o ransomware. Para aprofundar o tema e acompanhar outras ameaças cibernéticas, visite nossa editoria de Notícias e mantenha-se protegido.
Fonte: Getty Images