Poze do Rodo denuncia perseguição policial após prisão de Oruam

Poze do Rodo voltou a criticar a atuação das forças de segurança do Rio de Janeiro após a detenção do rapper Oruam, ocorrida nesta semana. Em publicação nas redes sociais, o funkeiro afirmou que artistas periféricos enfrentam “perseguição sistemática” e relatou episódios envolvendo a própria família.
Declarações nas redes sociais
No texto, Poze menciona que policiais teriam invadido a residência de Oruam sem mandado judicial, agredido amigos do rapper e provocado danos materiais. Segundo o cantor, a operação reforça um padrão de intimidação contra músicos ligados ao funk e ao trap.
Ele também disse ter passado por situação semelhante: agentes teriam entrado em sua casa em horários considerados inadequados, alegando investigações motivadas por publicações de sua esposa. Poze afirmou que a ação deixou sua filha mais nova com medo da polícia.
Críticas à condução das operações
O artista questionou a prioridade dada a esse tipo de operação em comparação com demandas de saúde e educação no estado. “Hospitais sem médicos, escolas sem recursos”, escreveu, acrescentando que, em vez de receber apoio, artistas que ascendem nas comunidades seriam alvo de investigações.
Poze vê uma tentativa de “desestabilizar e prender” cantores que ganham notoriedade popular. Para ele, a perseguição teria o objetivo de enfraquecer representações culturais provenientes das periferias.
Repercussão e próximos passos
O caso reacendeu debates sobre racismo estrutural, violência policial e criminalização de artistas. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro acompanha o processo envolvendo Oruam, que ainda não se pronunciou desde a prisão. Até o momento, a Polícia Civil não comentou as alegações de Poze nem divulgou detalhes adicionais da operação.