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Pesquisa Datafolha revela que 76% dos brasileiros se declaram petistas ou bolsonaristas

São Paulo – A mais recente pesquisa do Datafolha apontou que 76% dos brasileiros se identificam com um dos dois principais polos da política nacional: 39% com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 37% com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Avanço da polarização

O levantamento foi realizado em 29 e 30 de julho com 2.004 entrevistas presenciais em 130 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Desde junho, a participação somada de petistas e bolsonaristas subiu seis pontos, passando de 70% para 76%. Na pesquisa anterior, ambos registravam 35% de identificação.

Os entrevistados que se classificaram como neutros somam 18%. Outros 5% afirmaram não apoiar nenhum dos dois políticos, enquanto 1% não soube responder.

Metodologia utilizada

O instituto adotou uma escala de 1 a 5, na qual “1” representa identificação total com Bolsonaro e “5” indica alinhamento pleno com Lula. As respostas “1” ou “2” foram agrupadas como bolsonaristas; as opções “4” ou “5”, como petistas. O número “3” foi considerado neutro.

Desde dezembro de 2022, o Datafolha aplicou essa questão nove vezes. A maior vantagem pró-PT ocorreu em março de 2023 e março de 2024, quando o grupo petista superou o bolsonarista em dez pontos. Em junho de 2024, os dois campos ficaram empatados pela primeira vez na série histórica.

Pesquisa Datafolha revela que 76% dos brasileiros se declaram petistas ou bolsonaristas - Imagem do artigo original

Cenário político

A pesquisa foi concluída antes de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretar prisão domiciliar para Jair Bolsonaro em 4 de agosto, mas já após a imposição de medidas como uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente é réu no STF sob acusações ligadas a tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

No mesmo período, o governo Lula enfrenta dificuldades de aprovação: 40% reprovam a gestão, enquanto 29% aprovam, segundo o próprio Datafolha. A tensão entre Executivo, Congresso e Judiciário tem marcado os últimos meses, com debates sobre sanções internacionais e investigações em curso.

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