Partidos punem ministros do Esporte e Turismo ao decidirem pelo afastamento de André Fufuca (PP) e Celso Sabino (União Brasil) das atividades internas, depois de ambos ignorarem a orientação de entregar os cargos federais.
A medida foi anunciada nesta quarta-feira (8) pelos presidentes das duas legendas, Ciro Nogueira (PP) e a executiva nacional do União Brasil, como resposta direta ao descumprimento da ordem emitida em setembro, quando a federação União Progressista deixou a base do governo Lula.
Partidos punem ministros do Esporte e Turismo após ordem
No caso do Progressistas, Fufuca perde o direito a voto em todas as instâncias partidárias e deixa a vice-presidência nacional. O diretório estadual do Maranhão será alvo de intervenção, retirando do ministro o controle da sigla no estado. Em nota, o PP enfatizou que “não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”.
Decisões do PP e União Brasil
Já o União Brasil optou pela suspensão cautelar de Celso Sabino por 60 dias. Enquanto o processo tramita no Conselho de Ética, uma comissão provisória assumirá o diretório do Pará, antes comandado pelo ministro. A legenda declarou que o procedimento visa “preservar a coerência com seus princípios e valores”.
Reação dos ministros
Durante cerimônia do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Imperatriz (MA), Fufuca reiterou que sua “fidelidade é, primeiramente, ao povo” e confirmou a permanência no Ministério do Esporte. Em rede social, acrescentou que continuará “lado a lado com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, priorizando pautas de desenvolvimento social e econômico.
Até o fechamento desta matéria, Sabino não se manifestou. A Agência Brasil relatou que tentou contato com o ministro, mas não obteve retorno.
Contexto da federação
A punição a ambos é desdobramento direto da criação da federação União Progressista, formalizada em setembro. Na ocasião, foi decidido que todos os filiados com mandato deveriam deixar postos na administração federal, incluindo ministérios. A recusa de Fufuca e Sabino desencadeou o processo disciplinar que agora repercute na estrutura interna das legendas.
As consequências imediatas atingem a governabilidade de PP e União Brasil, que perdem dois dirigentes regionais importantes, enquanto o Palácio do Planalto mantém os dois ministros em pastas estratégicas.
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Crédito da imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
