Tecnologia

CEO da OpenAI alerta para dependência emocional do ChatGPT entre jovens

O diretor-executivo da OpenAI, Sam Altman, manifestou preocupação com o uso do ChatGPT como conselheiro emocional, sobretudo por adolescentes e jovens adultos. O comentário foi feito em 22 de julho, durante um evento promovido pelo Federal Reserve, nos Estados Unidos.

Altman descreve cenário de uso intenso

Segundo o executivo, há usuários que recorrem ao chatbot para praticamente todas as decisões diárias. Altman relatou casos de jovens que “não conseguem tomar nenhuma decisão sem expor tudo ao ChatGPT”, tratando a ferramenta como confidente permanente. A empresa, afirmou, procura compreender melhor o fenômeno antes de definir possíveis medidas.

Dados reforçam a preocupação

Uma pesquisa da organização Common Sense Media corrobora o alerta. O levantamento indica que 72% dos adolescentes norte-americanos mantêm “companheiros de IA” — bots desenhados para conversas pessoais — e mais da metade usa essas interações com frequência. Entre entrevistados de 13 a 14 anos, a confiança nas recomendações fornecidas pelos sistemas é ainda maior.

Riscos já observados

Relatos divulgados pelo New York Times citam episódios de psicose induzida por inteligência artificial, envolvendo delírios após longas sessões de conversa com o ChatGPT. Especialistas apontam que alguns usuários interpretam as respostas do modelo como se estivessem falando com uma pessoa real, o que pode agravar fragilidades emocionais.

Altman reconheceu que o chatbot é capaz de oferecer conselhos úteis, mas reiterou que delegar a ele a condução da vida cotidiana “é algo ruim e perigoso”. O executivo não detalhou se a OpenAI planeia impor limites técnicos ou criar alertas de uso. Por ora, a empresa analisa o impacto social para determinar eventuais ajustes na plataforma.

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