Nvidia pagará vistos de trabalho nos EUA mesmo após a criação da taxa anual de US$ 100 mil para o visto H-1B, destinada a profissionais altamente qualificados. A decisão foi comunicada em 07/10/2025, às 18h45, por Jensen Huang, CEO da companhia, em memorando interno obtido pelo Business Insider.
No documento, Huang atribuiu o “milagre da Nvidia” à imigração, ressaltando que a liderança norte-americana em tecnologia só foi possível graças aos talentos estrangeiros. Segundo ele, a empresa seguirá contratando especialistas de outros países e arcará integralmente com todos os custos relacionados ao processo migratório.
Nvidia pagará vistos de trabalho nos EUA, diz CEO
A posição da Nvidia surge após o governo Trump, em setembro, elevar de cerca de US$ 1.500 para US$ 100 mil o valor anual da taxa para emissão do H-1B. A medida faz parte de uma política de imigração mais restritiva, que, segundo a Casa Branca, busca incentivar a contratação de trabalhadores norte-americanos.
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que as empresas precisarão decidir “se o funcionário vale US$ 100 mil por ano ao governo ou se devem substituí-lo por um americano”. A mudança atinge especialmente empresas do Vale do Silício, que dependem de mão de obra estrangeira para áreas como inteligência artificial e semicondutores.
Dados dos Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA mostram que Amazon, Microsoft e Meta somaram 20 mil aprovações de vistos H-1B apenas em 2025. Uma coalizão de companhias de tecnologia, varejo e manufatura enviou carta ao governo em 3 de outubro alertando que a nova cobrança pode reduzir a competitividade dos Estados Unidos em inovação.
Embora questionada, a Nvidia preferiu não se manifestar publicamente além do comunicado interno. Outras gigantes do setor ainda avaliam como lidarão com a elevação dos custos para manter talentos internacionais.
Mais detalhes sobre o memorando podem ser conferidos na reportagem do Business Insider, veículo que teve acesso ao documento original.
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Crédito da imagem: Getty Images