Número Desconhecido: Catfishing na Escola expõe um caso real em que a estudante Lauryn Licari recebeu centenas de mensagens ameaçadoras entre 2020 e 2021, desencadeando uma investigação que mobilizou a polícia local e o FBI.
Lançado em 29 de agosto pela Netflix, o documentário mostra como as ameaças evoluíram de simples insultos para riscos concretos à integridade de Lauryn e de seu então namorado, Owen. A produção rapidamente ganhou destaque ao revelar que o autor dos ataques era, na verdade, alguém muito próximo da vítima.
Número Desconhecido: Catfishing na Escola revela bullying
A narrativa conduzida pela diretora Skye Borgman apresenta a virada que chocou a comunidade de Mount Pleasant, nos Estados Unidos: a responsável pelas mensagens era Kendra Licari, mãe da própria Lauryn. Presa por quase dois anos, Kendra aceitou participar do filme como forma de pedir perdão e recuperar a confiança da filha.
O longa-metragem ressalta os danos emocionais sofridos pela adolescente, que viu amizades desmoronarem enquanto suspeitas recaíam sobre colegas como Khloe Wilson. Segundo Borgman, o objetivo central não é apenas solucionar um mistério policial, mas provocar reflexões sobre diálogo, confiança e segurança digital dentro das famílias. Em entrevista ao portal Unicef, a diretora afirmou que o cyberbullying “é um problema diário que muitas vezes se desenvolve longe dos olhos dos pais”.
Ainda de acordo com Borgman, a experiência aproximou Lauryn de seu pai, Shawn, embora o relacionamento com Owen tenha terminado antes da conclusão do caso. Hoje, aos 18 anos, a jovem tenta reconstruir a vida enquanto Kendra lida com as consequências jurídicas e afetivas de suas ações.
Número Desconhecido: Catfishing na Escola destaca também a maturidade dos adolescentes envolvidos. Para a cineasta, eles “querem ser ouvidos” e podem contribuir para soluções quando recebem apoio adequado. O documentário sugere que escutar os filhos é essencial para protegê-los das ameaças virtuais que fazem parte da rotina digital.

Com pouco mais de uma hora e meia de duração, o filme combina depoimentos, gravações de arquivos policiais e reconstruções dramatizadas para explicar como um ambiente familiar aparentemente comum se tornou palco de cyberbullying extremo. A produção reforça a urgência de debates sobre uso responsável de tecnologia e saúde mental de jovens.
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Crédito da imagem: Divulgação/Netflix