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Meta suspende anúncios políticos na UE devido a novas regras de transparência

A Meta decidiu interromper a exibição de anúncios políticos, eleitorais e sobre questões sociais para usuários nos 27 países da União Europeia a partir de outubro. A medida responde ao Regulamento de Transparência e Direcionamento de Publicidade Política (TTPA), aprovado recentemente pelo bloco.

Decisão entra em vigor antes das eleições europeias

Segundo a empresa, as novas exigências criam “desafios significativos” e insegurança jurídica para o modelo de negócios que sustenta o Facebook, o Instagram e outras plataformas do grupo. A suspensão afeta apenas a região europeia; em demais mercados, a veiculação de publicidade política continua normal.

Apesar da restrição, partidos, candidatos e cidadãos poderão seguir publicando conteúdos políticos orgânicos. A Meta destaca que o público poderá “debater temas livremente” sem impulsionamento pago.

Pontos-chave do regulamento europeu

O TTPA impõe regras de transparência para garantir clareza sobre quem financia anúncios políticos e como eles são direcionados. Entre os principais itens:

• Rotulagem obrigatória: toda publicidade política deve indicar quem pagou e qual a finalidade do conteúdo;
• Segmentação limitada: fica proibido usar dados sensíveis, como etnia, religião ou orientação sexual, para personalizar a entrega dos anúncios;
• Proteção a menores: informações de usuários com menos de 18 anos não podem ser utilizadas para direcionamento político;
• Financiamento externo: pessoas ou empresas de fora da UE não poderão patrocinar anúncios políticos nos três meses que antecedem eleições ou referendos.

Argumentos da Meta

A companhia afirma que já cumpre parte das exigências, como verificação de identidade de anunciantes e sinalização de conteúdos pagos, mas considera que o novo regulamento limita o alcance das campanhas e aumenta custos operacionais. Em comunicado, a Meta classificou a decisão como “difícil” e citou o Google como exemplo de outra empresa que adotou medidas semelhantes.

Impacto para anunciantes e eleitores

Com a suspensão, partidos e grupos de interesse na UE precisarão recorrer a métodos orgânicos ou a outras plataformas para promover mensagens durante o período eleitoral. Já os eleitores deixarão de receber conteúdos patrocinados, mas continuarão a ter acesso a publicações não pagas e debates nas redes sociais.

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