McLaren aplica fórmula da F1 para disputar topo da IndyCar até 2027

Zak Brown, diretor-executivo da McLaren Racing, pretende replicar na IndyCar o modelo de gestão que elevou a equipa de Fórmula 1 a candidata constante a vitórias. Segundo o dirigente, o caminho passa por reunir “as pessoas certas”, investir em tecnologia e criar a infraestrutura adequada.
Reforço humano e estrutural
Nos últimos meses, Brown promoveu mudanças significativas. O ex-piloto Tony Kanaan assumiu a chefia desportiva, Christian Lundgaard entrou para substituir Alexander Rossi e o novato Nolan Siegel ganhou lugar definitivo após atuar como reserva. No quadro técnico, Kyle Moyer foi contratado como diretor de competição depois da saída da Penske.
Paralelamente, a equipa prepara a mudança para um novo centro operacional em janeiro. O espaço passará de 3 060 m² para 7 990 m², permitindo concentrar oficinas, pintura e armazenamento num mesmo edifício. Brown considera o atual galpão, dimensionado para duas viaturas, insuficiente para a operação de três carros.
Resultados atuais e metas futuras
Em pista, Pato O’Ward soma duas vitórias e ocupa a segunda posição do campeonato. Lundgaard aparece em quinto com nove top-10, enquanto Siegel, que perdeu uma prova por concussão, é o 21.º. Apesar do bom momento, Brown nega interesse em Will Power e afirma manter o alinhamento de pilotos para 2025.
A estabilidade contratual tem sido um desafio. Alex Palou desistiu de um acordo prévio, levando a McLaren a abrir um processo de US$ 31 milhões, com julgamento marcado para setembro e outubro. Já David Malukas perdeu a vaga antes da estreia devido a lesão no pulso.

Calendário de evolução
Brown projeta batalhar pelo título em 2026, mas acredita que o auge virá em 2027, quando a equipa já estará totalmente instalada no novo quartel-general e os recentes reforços estarão entrosados. “Temos pilotos capazes de conquistar o campeonato, recursos técnicos e patrocínios. Falta tempo para que tudo se encaixe”, avaliou.
Ao apostar na mesma “receita de pessoas, tecnologia e cultura de vitória” que consolidou na F1, a McLaren pretende entrar definitivamente no grupo de ponta da IndyCar, hoje dominado por Penske, Ganassi e Andretti.