noticias

Manchester United aposta em Matheus Cunha e técnico destaca agressividade em estreia

O Manchester United apresentou oficialmente o atacante brasileiro Matheus Cunha como reforço para a temporada 2025/26. O jogador de 26 anos assinou contrato até junho de 2030, após o clube desembolsar 62,5 milhões de libras esterlinas (aproximadamente R$ 480 milhões) ao Wolverhampton. Além do investimento financeiro, a diretoria escalou Cunha como novo camisa 10, símbolo da importância que o atleta terá no processo de reconstrução da equipe, que encerrou o Campeonato Inglês passado na 15ª posição.

Contratado depois de anotar 17 gols pelo Wolverhampton na campanha 2024/25, o atacante chega com a missão de elevar o padrão ofensivo do United. No antigo clube, sua produção foi determinante para manter os Wolves na primeira divisão. Agora, em Old Trafford, a expectativa é replicar o desempenho em um cenário mais exigente e auxiliar o treinador Rúben Amorim a revitalizar um elenco que busca retomar protagonismo nacional e internacional.

Primeiro teste em campo

A primeira aparição de Cunha com a camisa dos Red Devils ocorreu no sábado, 19 de julho, no empate sem gols com o Leeds United. O amistoso, disputado na Friends Arena, em Estocolmo, marcou a abertura da pré-temporada do clube. O brasileiro iniciou a partida formando o setor de meio-campo ao lado de Bruno Fernandes, Casemiro, Luke Shaw e Toby Collyer. Após 45 minutos, foi substituído por Mason Mount, seguindo o planejamento físico definido pela comissão técnica.

Apesar do ritmo de jogo ainda distante do ideal, Cunha apresentou movimentação intensa entre as linhas adversárias, abriu espaços com arrancadas e buscou associações rápidas. A postura agradou aos torcedores presentes no estádio, que o escolheram como melhor em campo. O reconhecimento reforçou a impressão inicial de que o brasileiro pode acrescentar agressividade e profundidade ao setor ofensivo.

Análise de Rúben Amorim

Em entrevista após a partida, Rúben Amorim destacou que Cunha reproduziu exatamente as características procuradas na janela de transferências. Segundo o técnico, o novo reforço “pode ser muito agressivo na direção dos oponentes quando recebe a bola entrelinhas”, elemento considerado essencial para um time que terminou a última Premier League com números modestos em gols marcados.

O treinador também reforçou que a equipe precisa “aumentar a qualidade no terço final”, ponto que orientou a contratação do ex-Wolverhampton. Para Amorim, as ações verticais do brasileiro devem criar mais oportunidades de finalização e reduzir a dependência de jogadas individuais de Bruno Fernandes, principal articulador do United nas três temporadas anteriores.

Entrosamento em construção

Embora satisfeito com a estreia, Amorim reconheceu que a sintonia entre Cunha e Bruno Fernandes ainda carece de desenvolvimento. O técnico citou a possibilidade de utilizar Kobbie Mainoo ou Mason Mount para acelerar a adaptação, mas acredita que a convivência em campo e a sequência de treinamentos serão determinantes para consolidar a dupla.

O processo de integração ocorrerá em uma agenda de mais quatro amistosos antes da estreia oficial na Premier League. O próximo desafio está marcado para domingo, 21 de julho, às 20h (horário de Brasília), contra o West Ham, nos Estados Unidos. Posteriormente, o clube enfrentará adversários ainda não divulgados, mantendo a meta de ajustar o sistema ofensivo e avaliar variações táticas.

Papel estratégico no elenco

A escolha da camisa 10 para Cunha indica o grau de confiança depositado pela diretoria e pela comissão técnica. Historicamente reservada a jogadores responsáveis pela criação e definição de jogadas, a numeração passa a um atleta capaz de atuar como segundo atacante, meia avançado ou ponta, oferecendo flexibilidade ao esquema de Amorim.

Além da versatilidade, o brasileiro chega com experiência em diferentes ligas europeias (Bundesliga, La Liga e Premier League), fator considerado valioso para um time que disputará Premier League, Copa da Inglaterra e competições continentais na próxima temporada. A expectativa é que seu histórico de mobilidade sem bola e capacidade de finalização a partir de rompimentos em diagonal complementem o trabalho de pontas mais fixos e de um centroavante de referência.

Desafio de reestruturação

O United encerrou a campanha 2024/25 na 15ª colocação, longe das vagas a torneios europeus e com rendimento ofensivo abaixo do esperado. Diante desse cenário, a diretoria desencadeou um plano de reestruturação que abrange contratações pontuais e aposta em talentos emergentes da base. A chegada de Matheus Cunha se encaixa nesse contexto de mesclar investimento significativo em atletas já consolidados com o desenvolvimento de jovens.

Nas próximas semanas, o desempenho do novo camisa 10 será monitorado tanto em campo quanto na rotina de treinamentos. A evolução física pós-férias, a formação de parcerias ofensivas e a capacidade de transformar posse de bola em chances claras são pontos-chave para que o brasileiro confirme as expectativas. Caso a adaptação ocorra sem sobressaltos, o United espera iniciar a temporada 2025/26 com um ataque mais dinâmico e eficiente, sustentado pela agressividade que marcou a carreira recente de Cunha.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo