Lula busca mercado de 680 mi no dinâmico Sudeste Asiático ao embarcar, nesta terça-feira (21), para visitas oficiais à Indonésia e à Malásia. A viagem inclui participação na cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) e no Encontro de Líderes do Leste Asiático (EAS), além de reuniões bilaterais com chefes de Estado.
Segundo o Itamaraty, o presidente pretende fortalecer a presença política do Brasil na região e ampliar o comércio bilateral, que já superou US$ 37 bilhões em 2024. Caso fosse um único país, o bloco da Asean seria hoje o quinto principal parceiro comercial brasileiro.
Lula busca mercado de 680 mi no dinâmico Sudeste Asiático
A Asean reúne 11 países, com a adesão formal do Timor Leste nesta cúpula, somando mais de 680 milhões de habitantes e Produto Interno Bruto de US$ 4 trilhões. “Juntos, formariam a quarta maior economia do mundo”, destacou o embaixador Everton Frask Lucero ao apresentar a agenda.
Jacarta, capital da Indonésia, será a primeira parada. Na quinta-feira (23), Lula é recebido pelo presidente Prabowo Subianto para discutir temas como segurança alimentar, bioenergia e defesa, além de assinar memorando de entendimento em energia renovável. À tarde, o brasileiro encerra fórum empresarial que deverá reunir cerca de 100 empresários do país.
Na sexta-feira (24), Lula se encontra com o secretário-geral da Asean antes de seguir para Kuala Lumpur. Já no sábado (25), dialoga com o primeiro-ministro malaio Anwar Ibrahim e assina acordos em semicondutores, ciência e tecnologia. No mesmo dia, recebe título de Doutor Honoris Causa da Universidade Nacional da Malásia.
Domingo (26) marca a abertura da 47ª Cúpula da Asean, onde Lula participa de painéis empresariais e mantém reuniões bilaterais. O encontro confirmado até agora é com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; há expectativa de audiência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora ainda não haja confirmação.
Na segunda-feira (27), o chefe do Executivo brasileiro discursa na 20ª Cúpula do Leste Asiático, fórum que reúne, além da Asean, potências como China, Japão, Rússia e Estados Unidos. O retorno ao Brasil está previsto para o dia 28.

De acordo com o Itamaraty, os países da Asean já responderam por 20 % do superávit comercial brasileiro em 2024, com saldo de US$ 15,5 bilhões. Em um cenário de tarifas unilaterais em diversas economias, a diversificação de parceiros na Ásia é vista como estratégica para o escoamento de produtos nacionais.
Mais detalhes sobre a organização regional podem ser consultados no site oficial da Asean, que traz estatísticas e documentos sobre integração econômica e social.
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Crédito da imagem: Valter Campanato/Agência Brasil