noticias

Lula condiciona nova candidatura a saúde plena e descarta repetir caso Biden

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (3) que poderá disputar um quarto mandato em 2026, desde que esteja “100%” saudável. A declaração foi feita em Brasília, durante a posse de Edinho Silva como novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), encerrando o Encontro Nacional da sigla iniciado na sexta-feira (1º).

Saúde como requisito para a disputa

Lula, de 78 anos, disse ser necessário avaliar suas condições físicas antes de oficializar a candidatura. O presidente citou o exemplo do norte-americano Joe Biden, que enfrentou questionamentos sobre senilidade na campanha eleitoral mais recente nos Estados Unidos. “Para eu me candidatar e acontecer o que aconteceu com Biden, jamais”, declarou. “Se eu for candidato, vou ser candidato para ganhar.”

Evento reúne cúpula petista

A cerimónia contou com a presença da ministra Gleisi Hoffmann, ex-presidente do PT, e de outros ministros filiados ao partido, entre eles Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Anielle Franco (Igualdade Racial), Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral).

Gleisi Hoffmann criticou o que chamou de interferência estrangeira no Brasil, atribuída à família do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendeu a taxação “BBB” (bancos, apostas e bilionários) e agradeceu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pelo trabalho nos inquéritos sobre os atos de 8 de Janeiro de 2023.

Diretrizes aprovadas pelo partido

No sábado (2), o PT aprovou um documento com 107 itens que norteará sua ação política nos próximos anos. O texto repudia o conflito em Gaza, promete combater a extrema-direita e defende isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Também recomenda a jornada de trabalho 6 por 1, ainda que o tema tenha aparecido apenas de forma sucinta.

Lula condiciona nova candidatura a saúde plena e descarta repetir caso Biden - Imagem do artigo original

A tese reitera o veto ao projeto que altera regras de licenciamento ambiental e rejeita críticas internas ao novo arcabouço fiscal e à frente ampla que sustenta o governo no Congresso. O partido também sugere comunicação “mais proativa e direta” do governo, explorando a imagem de Lula e de seus principais ministros.

Atos simultâneos no país

Enquanto o encontro petista acontecia em Brasília, manifestações de apoio a Jair Bolsonaro foram registradas em diversas cidades. Na capital federal, a mobilização ocorreu no mesmo horário da posse de Edinho Silva.

Com a sinalização de Lula sobre uma possível candidatura, o PT intensifica o debate interno sobre estratégia eleitoral e comunicação, mantendo como prioridade o fortalecimento da base social e a defesa de suas pautas econômicas e sociais.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo