Lula cobra ação global contra mudanças climáticas na COP30

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Lula mudanças climáticas dominaram o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado, 25 de outubro de 2025, na Malásia. Ao receber o título de doutor Honoris Causa em Desenvolvimento Internacional e Sul Global, Lula informou que o Brasil lançará na COP30, em Belém, um novo instrumento de financiamento para a conservação de florestas tropicais.

Segundo o presidente, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre remunerará serviços ecossistêmicos prestados pelos países que preservam seus biomas, enfrentando a falta de recursos que persiste desde o Acordo de Paris, firmado em 2015.

Lula cobra ação global contra mudanças climáticas na COP30

Fundo de US$ 1 bilhão abre a pauta de Belém

Lula confirmou o aporte inicial de US$ 1 bilhão do Brasil ao fundo e explicou que mais de 70 nações com florestas tropicais poderão receber recursos. A meta é viabilizar uma transição energética justa e planejada, reforçada pela participação acadêmica: “As universidades continuarão decisivas no enfrentamento à crise”, afirmou.

Alerta para o ponto de não retorno

O chefe de Estado advertiu que, se as atuais Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) não forem revistas, o planeta ultrapassará o limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Estudos citados pelo presidente indicam que 132 milhões de pessoas podem ser empurradas para a extrema pobreza até 2030, enquanto recifes de corais sofrem mortalidade em massa e as florestas tropicais se aproximam do chamado ponto de não retorno.

Menos de 70 países apresentaram novas metas de redução de emissões, e, entre os maiores poluidores, apenas 14 cumpriram o “dever de casa”. Para Lula, a COP30, que começa em 10 de novembro, será a “COP da verdade”, momento de superar a ganância extrativista e agir com base na ciência. Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) reforçam a urgência apontada pelo líder brasileiro.

Agenda na Malásia e próximos passos

Lula permanece na Malásia até terça-feira (28), com reuniões previstas com empresários locais e da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). No domingo (26), poderá se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir barreiras comerciais impostas a produtos brasileiros.

No discurso de encerramento, o presidente lembrou que 30 milhões de pessoas vivem na Amazônia e “têm direito à dignidade”. Ele concluiu convocando a comunidade internacional a adotar metas mais ambiciosas antes que as fronteiras climáticas se tornem intransponíveis.

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Crédito da imagem: Ricardo Stuckert/PR

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