Transformação digital redefine papel dos executivos C-Level
A aceleração tecnológica está a mudar as responsabilidades de CEOs, CFOs, CMOs e CIOs. A liderança corporativa passou a integrar dados em tempo real, automação e inteligência artificial na tomada de decisões estratégicas, deixando de depender apenas de intuição e experiência acumulada.
Dados e IA entram na sala de comando
A exigência atual é que todo o primeiro escalão pense como estrategista digital. O conhecimento técnico, antes restrito às equipas de TI, precisa agora estar na mesa de decisões para ligar inovação a crescimento sustentável. A capacidade de analisar informação em tempo real tornou-se essencial para identificar oportunidades, otimizar processos e reduzir custos.
Exemplo prático: Mercado Livre
Em 2025, o Mercado Livre adotou inteligência artificial preditiva capaz de preparar encomendas antes mesmo da conclusão da compra. Com base em dados comportamentais, geográficos e climáticos, o sistema define em tempo real onde posicionar stock e como ajustar preços dinamicamente. A taxa de acerto ultrapassa 98%, reduzindo prazos de entrega e despesas logísticas, além de aumentar a conversão de vendas.
O projeto não foi conduzido apenas pela área de tecnologia. A direção executiva assumiu a responsabilidade de colocar IA e dados no centro do modelo de negócios, demonstrando que a inovação depende de envolvimento direto da liderança.
Cultura de experimentação orientada pelo topo
Organizações que permitem testar, errar e aprender de forma controlada criam ambientes mais resilientes e atrativos para talentos. Esse modelo requer líderes dispostos a incentivar risco calculado, promover aprendizagem contínua e alinhar tecnologia a propósito corporativo.
Assim, a transformação digital deixa de ser apenas questão técnica e torna-se decisão estratégica. Manter relevância significa adotar postura adaptável, curiosa e conectada às possibilidades que a tecnologia oferece a negócios, pessoas e sociedade.