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Justiça italiana interroga Carla Zambelli e inicia processo que pode levar à extradição

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi presa em Roma na noite de terça-feira (29) e transferida para o presídio feminino de Rebibbia. A Justiça italiana marcou para esta sexta-feira (1º) o interrogatório que validará a detenção e definirá os próximos passos.

Primeira audiência define posição sobre extradição

No encontro com o juiz, Zambelli deverá responder se aceita retornar voluntariamente ao Brasil ou se pretende permanecer na Itália. Caso se oponha à extradição, o magistrado escolherá uma medida cautelar enquanto o processo tramita: manutenção na penitenciária, prisão domiciliar ou liberdade provisória.

Prazos e etapas formais

Ao recusar a volta espontânea, inicia-se o trâmite de extradição previsto no tratado bilateral de 1993. O governo brasileiro dispõe de 40 dias para enviar o pedido formal ao Ministério da Justiça italiano, que o encaminhará à Corte de Apelação de Roma. O tribunal examinará se a condenação do Supremo Tribunal Federal — definitiva desde maio, com recurso negado em junho — atende aos requisitos legais.

Se a Corte de Apelação aprovar a entrega, Zambelli poderá recorrer à Corte de Cassação, última instância italiana. Mantida a decisão, o processo segue para o Ministério da Justiça da Itália, responsável pelo parecer político final. Especialistas estimam duração entre um e dois anos até o desfecho.

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Possibilidade de cumprir pena na Itália

A defesa avalia solicitar que a pena de dez anos seja executada em solo italiano, recurso que exigiria procedimento distinto do pedido de extradição. A decisão caberia ao governo italiano, que pode considerar fatores diplomáticos nas relações com o Brasil.

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