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Interferência de Trump reforça posição do STF no caso da trama golpista

Os ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam que a intervenção do ex-presidente norte-americano Donald Trump no processo que apura a tentativa de golpe de Estado no Brasil terá efeito contrário ao pretendido. Em vez de abrandar o julgamento, a corte planeia destacar a defesa da soberania nacional e da independência institucional nos votos que serão apresentados.

Julgamento segue calendário e pode ganhar tom de manifesto

A Primeira Turma do STF, formada por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux, mantém para setembro o julgamento do núcleo central da trama. As defesas têm até 13 de agosto para entregar as alegações finais. Integrantes do tribunal afirmam que não haverá suavização de penas, mesmo depois de Washington aplicar tarifas adicionais a produtos brasileiros e acionar a Lei Magnitsky contra Moraes.

Advogados de quatro réus disseram considerar “inócua” a ofensiva internacional. Segundo eles, as críticas públicas de Trump podem, inclusive, elevar a contagem de penas caso o Supremo identifique tentativa de pressão externa sobre o processo.

Casos paralelos e reação interna

A atuação do deputado Eduardo Bolsonaro, que buscou apoio da Casa Branca para impor sanções a ministros do STF, é investigada em inquérito separado por suspeita de obstrução de Justiça e coação. A expectativa é que o Ministério Público apresente denúncia logo após o encerramento do processo principal.

Dentro do tribunal, os ministros veem a escalada norte-americana como motivo para reforçar a unidade. Nos votos divulgados recentemente sobre medidas cautelares contra Jair Bolsonaro — que incluem uso de tornozeleira eletrônica e restrição de deslocamento — todos, com exceção de Zanin, criticaram a tentativa de interferência estrangeira. Moraes classificou a manobra como “desprezo pela legislação brasileira”, enquanto Dino comparou as tarifas a um “sequestro da economia”.

A presidência do STF, ocupada por Luís Roberto Barroso, defende que a resposta seja “técnica e independente”, evitando escalar o conflito diplomático. Mesmo assim, a corte prepara votos que devem reafirmar a competência exclusiva do Judiciário brasileiro para julgar crimes contra a ordem democrática.

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