Herança de Maradona volta ao centro das atenções após a Justiça argentina determinar um embargo de 2 bilhões de pesos sobre bens do advogado Matías Morla, de duas irmãs do ex-jogador e de outros colaboradores. A medida busca garantir recursos para cobrir possíveis danos decorrentes da suposta apropriação indevida de marcas e direitos de imagem ligados a Diego Armando Maradona, morto em novembro de 2020.
Além de Morla, foram atingidos pela decisão Rita e Claudia Maradona, o cunhado Maximiliano Pomargo, a escrevente Sandra Lampolsky e o funcionário Sergio Garmendia. Eles são acusados pelos herdeiros do ídolo de registrar e explorar marcas associadas ao craque sem autorização, enquanto administravam seu patrimônio em vida.
Herança de Maradona: embargo bilionário na Justiça
O embargo congela bens e contas dos réus até que o tribunal avalie se houve quebra de confiança ou violação dos direitos dos sucessores. Segundo fontes ligadas ao processo, a retenção patrimonial é considerada essencial para evitar dilapidação de ativos antes da conclusão do litígio, que deve se estender por meses.
Morla administrava a maior parte dos direitos de imagem de Maradona e, após a morte do atleta, passou a ser contestado pelos familiares. As irmãs alegam que o advogado se apropriou de registros comerciais e licenciamentos do nome “Maradona” sem o consentimento dos herdeiros legais. Documentos anexados ao processo listam contratos de publicidade e venda de produtos cujo destino financeiro permanece sob investigação.
O caso ganhou repercussão internacional e é acompanhado por veículos de peso, como a BBC, que destacam a complexidade de gerir legados de figuras públicas. Especialistas em direito sucessório lembram que a disputa pode definir parâmetros sobre como marcas pessoais devem ser tratadas após a morte de celebridades.
Nesta fase, serão realizadas audiências para a apresentação de provas e depoimentos das partes. Advogados de defesa afirmam que o embargo é “excessivo” e que comprovarão a legalidade dos registros. Já os herdeiros insistem que o bloqueio é vital para assegurar eventual indenização e preservação do patrimônio moral do maior ídolo do futebol argentino.

Ainda não há previsão para a sentença, mas o magistrado responsável indicou que o alto valor do embargo reflete “a magnitude dos ativos envolvidos” e o potencial prejuízo aos herdeiros se confirmado o desvio.
O desdobramento do processo promete manter viva a discussão sobre direitos de imagem e gestão de marcas no esporte, tema que desperta interesse de clubes, agentes e famílias de outros atletas.
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