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Grupo ligado a Lula articula aproximação de Simone Tebet com empresariado para disputa ao Senado em SP

Um grupo de advogados próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara uma série de encontros para aproximar a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), de lideranças empresariais e outros setores influentes de São Paulo. A iniciativa busca convencê-la a concorrer ao Senado pelo estado em 2026.

Objetivo é reforçar palanque de Lula

A articulação parte do coletivo Prerrogativas, coordenado pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho. Segundo ele, Tebet seria “uma candidata supercompetitiva” e poderia fortalecer o palanque petista na campanha presidencial. A primeira rodada de reuniões está prevista para agosto, com participação de advogados, executivos e representantes de entidades de classe.

Interlocutores do PT afirmam que uma candidatura de centro ampliaria o alcance do partido no maior colégio eleitoral do país, onde nomes vinculados à esquerda enfrentam maior resistência. Em 2022, Lula obteve 11,5 milhões de votos no segundo turno em São Paulo, resultado considerado decisivo para sua vitória nacional.

Resistência interna e possível troca de partido

Embora integrantes do PT relatem sinais de abertura, pessoas próximas à ministra citam ceticismo quanto à mudança de domicílio eleitoral. Tebet mantém laços fortes com Mato Grosso do Sul, estado pelo qual já foi senadora, e possui relação consolidada com a direção do MDB — partido que hoje apoia o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Uma eventual candidatura por São Paulo poderia envolver mudança de legenda. No entorno de Tebet, avalia-se que a migração beneficiaria o governo federal mais do que a própria ministra, sendo tratada como “aventura”. Aliados indicam que ela só pretende tratar do tema em outubro de 2025, um ano antes da eleição.

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Desempenho e cenário eleitoral

Candidata à Presidência em 2022, Tebet registrou seu melhor desempenho justamente entre os eleitores paulistas, com 6,3 % dos votos, acima dos 4,16 % obtidos no país. A análise petista aponta potencial para captar apoio entre empresários e classe média, público considerado estratégico em São Paulo.

Além de Tebet, o PT monitora outros nomes para compor a chapa no estado, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Márcio França (Empreendedorismo). A formação das candidaturas deverá avançar após a renovação da direção estadual do partido, concluída no início de junho.

O grupo Prerrogativas planeja intensificar os contatos nos próximos meses. Ainda não há definição de agenda pública, mas a expectativa é realizar encontros periódicos até o final do ano, quando Tebet deve anunciar se aceitará ou não o desafio de disputar a vaga paulista ao Senado.

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