São Paulo, 5 de agosto – O Google DeepMind apresentou o Genie 3, modelo de inteligência artificial capaz de converter uma imagem ou descrição de texto em um jogo 2D que pode ser explorado em tempo real.
Ferramenta foca em pesquisa e desenvolvimento
Destinado principalmente a desenvolvedores, o Genie 3 cria cenários virtuais mesmo para quem não possui conhecimento técnico avançado. A empresa classifica o recurso como experimental, voltado a testes de limite da IA. Por enquanto, o sistema permanece restrito ao uso interno do laboratório.
Avanços em relação à geração anterior
Em comparação com o Genie 2, lançado há sete meses, a nova versão oferece:
- Fidelidade gráfica superior;
- Interação contínua com o ambiente;
- Memória visual prolongada, mantendo elementos fora de cena por vários minutos (antes, por apenas 10 segundos).
O usuário navega pelo cenário via teclado, com renderização a 720p e 24 quadros por segundo. É possível programar eventos, mudar condições climáticas e inserir objetos ou personagens em tempo real. A funcionalidade também permite treinar agentes de IA em ambientes sintéticos, reduzindo a dependência de dados do mundo real.
Limitações técnicas permanecem
Apesar dos avanços, a resolução e a taxa de quadros são consideradas baixas para padrões atuais de jogos. O modelo ainda sofre com imprecisões típicas de IAs generativas, como animações incorretas e textos ilegíveis quando não pré-configurados. A interação entre múltiplos agentes está em fase experimental, e o sistema não simula ambientes reais de forma consistente.
O Google DeepMind afirma que pretende ampliar o acesso futuramente, mas não há calendário definido. Enquanto isso, pesquisadores utilizam o Genie 3 para criar ambientes de teste destinados a aprimorar o comportamento de agentes inteligentes e investigar caminhos rumo à inteligência artificial geral.
