Gilbert Arenas é acusado de comandar jogos de poker clandestinos em mansão de Los Angeles

O ex-jogador da NBA Gilbert Arenas, 43 anos, foi indiciado nesta quarta-feira (data local) por supostamente organizar jogos de poker de alto valor na própria residência em Encino, bairro de Los Angeles. A acusação inclui mais cinco pessoas, entre elas um suspeito de integrar um grupo criminoso israelense.
Acusações formais e penas previstas
Todos os envolvidos respondem por conspiração e operação de negócio de jogo ilegal, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Arenas também enfrenta a acusação adicional de ter prestado declarações falsas a investigadores federais. Cada crime pode render até cinco anos de prisão.
O ex-atleta, identificado no processo como “Agent Zero”, seu apelido nos tempos de Washington Wizards, deverá comparecer à corte ainda hoje para a audiência de instrução. Até o momento, não há registro de advogado constituído em seu nome.
Estrutura do esquema
De acordo com a acusação, entre setembro de 2021 e julho de 2022 o grupo transformou a mansão em palco para partidas de “Pot Limit Omaha” e outras modalidades ilegais. Os participantes pagavam um “rake” — porcentagem ou valor fixo cobrado em cada mão.
O esquema contava com segurança armada, valets, chefs e jovens contratadas para servir bebidas, oferecer massagens e “companhia” aos jogadores. Essas trabalhadoras pagavam parte dos lucros aos organizadores. Um dos réus é investigado ainda por fraude matrimonial e falsidade em documentos de imigração ao tentar obter residência permanente nos EUA.

Carreira e histórico do ex-All-Star
Arenas teve média de 20,7 pontos em 11 temporadas na NBA, com destaque para o período entre 2004 e 2011 no Washington Wizards, onde foi três vezes All-Star. A carreira ganhou notoriedade negativa em 2010, quando ele e o colega Javaris Crittenton exibiram armas no vestiário, fato que resultou em suspensão pelo restante da temporada.
Após passagens por Orlando Magic, Memphis Grizzlies e um breve período na liga chinesa, o ex-armador deixou as quadras em 2013. Seu filho, Alijah Arenas, calouro da Universidade do Sul da Califórnia, recupera-se de cirurgia no joelho.
Se condenados, os seis réus poderão cumprir até cinco anos de prisão por cada acusação federal relacionada ao caso.