Filme “Uma Mulher Comum” lidera Top 10 da Netflix e destaca padrões de beleza

“Uma Mulher Comum”, produção original da Indonésia, alcançou o Top 10 global da Netflix pouco após a estreia. O longa acompanha Milla, mulher da alta sociedade que enfrenta uma doença misteriosa e eventos perturbadores que colocam em causa a sua própria identidade.
Enredo apresenta crítica social
Milla, casada com o empresário Jonathan Gunawan, discorda da sogra, Liliana, sobre a ideia de a filha Angel se submeter a cirurgia plástica por insegurança com a aparência. Após o conflito, Milla desenvolve coceiras intensas e passa a ter visões de uma jovem com o rosto desfigurado chamada Grace. As lesões evoluem e levam a sucessivos atendimentos médicos, sem diagnóstico conclusivo.
Enquanto os sintomas se agravam, Erika — maquiadora que alega ser amiga da família — aproxima-se de Jonathan e começa a ocupar o espaço de Milla dentro da casa. Sob pressão, Jonathan decide manter a esposa trancada, alegando proteger a reputação familiar.
Reviravoltas revelam verdadeira identidade
Flashbacks mostram que Grace é, na realidade, a própria Milla na infância. Após sofrer um acidente que deixou uma cicatriz no rosto, a mãe alterou o nome e a aparência da filha com cirurgias, criando uma nova persona destinada a atrair um marido rico. Os ferimentos recentes simbolizam o conflito entre a identidade reprimida e a vida construída sob padrões sociais impostos.

Desfecho foca em busca de liberdade
No clímax, Milla foge num caminhão rumo ao vilarejo natal, vislumbrando a possibilidade de retomar a vida original. Imagens intercaladas sugerem tanto a concretização da fuga quanto a hipótese de alucinação, mantendo o final em aberto. A narrativa reforça críticas aos padrões de beleza e ao controle sobre o corpo feminino, tema que tem impulsionado discussões nas redes sociais desde a estreia.
“Uma Mulher Comum” está disponível no catálogo mundial da Netflix.