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FIFA estuda proibir transferências internas entre clubes do mesmo grupo e muda cenário do futebol

A FIFA avalia uma regra que impede a compra, venda ou empréstimo de jogadores entre equipas controladas pelo mesmo grupo empresarial. A proposta procura reforçar a estabilidade contratual e diminuir a vantagem competitiva de conglomerados com várias agremiações sob o mesmo comando.

Proposta mira equilíbrio competitivo

Atualmente, holdings multinacionais movimentam atletas entre clubes próprios para ajustar elencos, acelerar desenvolvimento ou reduzir custos de negociação. Segundo a entidade máxima do futebol, essa prática cria desequilíbrio, já que instituições independentes enfrentam barreiras para competir em preço e visibilidade.

O caso recente envolvendo Botafogo e Lyon, ambos ligados ao Eagle Football, ilustra o problema apontado pela FIFA. A transferência de jogadores por valores considerados abaixo do mercado levantou suspeitas de favorecimento ao clube francês e acendeu o debate sobre conflitos de interesse.

Impacto para conglomerados multiclubes

Se aprovada, a nova regra limitará a circulação interna de atletas e obrigará grupos empresariais a repensar estratégias de formação, parceria e gestão de elenco. Especialistas projetam maior pressão por contratos longos, revisão de carteiras de investimento e diversificação de ativos fora da atual rede de equipas controladas.

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Empresários como John Textor, que detém participações em times de diferentes ligas, já avaliam ajustes para mitigar riscos. Sem liberdade para transferências internas, a valorização de jogadores deverá ocorrer em negociações abertas no mercado, sujeitas à competição direta com outros compradores.

Próximos passos

A proposta ainda está em fase de discussão interna na FIFA. Enquanto não há prazo oficial para votação, o simples debate vem pressionando clubes e investidores a adotar práticas mais transparentes e alinhadas ao mérito esportivo. Caso a proibição seja ratificada, o modelo de corredores de desenvolvimento ficará inviável, alterando de forma significativa o panorama de negociações no futebol global.

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