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Faculdade de Direito da USP reúne mais de 100 entidades contra tarifa de Trump

São Paulo recebeu, na manhã desta sexta-feira (25), um ato em defesa da soberania nacional no salão nobre da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. A mobilização, organizada por mais de cem entidades da sociedade civil, contestou a taxação de 50% sobre exportações brasileiras anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com início previsto para 1º de agosto.

Ato lota salão histórico em São Paulo

O espaço ficou lotado por representantes de ordens profissionais, movimentos sociais e coletivos estudantis. Entre as entidades presentes estavam OAB, grupo Prerrogativas, UNE, Instituto Vladimir Herzog e ABI. Também aderiram MST, CUT e Força Sindical. A convocação foi assinada pelo diretor da faculdade, Celso Campilongo, e pela vice-diretora, Ana Elisa Bechara.

Durante o ato, manifestantes entoaram gritos de “sem anistia” e criticaram a revogação de vistos norte-americanos que atinge ministros do Supremo Tribunal Federal. Os participantes acusam Washington de interferir em assuntos internos do Brasil.

Manifesto exige respeito à soberania

A “Carta em Defesa da Soberania Nacional”, lida no evento, reforça a necessidade de independência frente a outras nações. O texto repudia qualquer tentativa de “intervenção, intimidação ou admoestação” e afirma que o país “jamais abrirá mão” de sua autonomia.

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Imagem: redir.folha.com.br

Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu compareceu à faculdade e declarou que a tarifa anunciada tem objetivo político, relacionado à família Bolsonaro, a discussões sobre anistia e ao avanço brasileiro em tecnologia e finanças. Dirceu afirmou ainda trabalhar com o PT para lançar candidatura a deputado federal no próximo ano, mas disse que o ato “não tem relação com eleições”.

Impacto econômico e reação política

Os Estados Unidos são o segundo principal destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China. Produtos como café, carne e suco de laranja podem ficar mais caros com a nova taxação. Segundo Trump, a medida responde ao que considera perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Para José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, o engajamento de governadores é “fundamental” para enfrentar pressões externas. Ele defendeu unidade nacional contra iniciativas que “coloquem o país de joelhos”.</p

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