Tecnologia

Ex-chefe da PlayStation critica Game Pass e defende aumento no preço dos jogos

Shawn Layden, antigo presidente da Sony Worldwide Studios, questionou a sustentabilidade do modelo de assinatura Game Pass e afirmou que os preços dos jogos deveriam crescer a cada geração de consolas.

Serviço de assinatura “não inspira” criadores

Em entrevista concedida em 14 de agosto de 2025, Layden classificou o Game Pass como um sistema que transforma estúdios em “escravos assalariados”. Segundo o executivo, o serviço paga um valor fixo pelo conteúdo e não incentiva receitas adicionais baseadas no desempenho do título após o lançamento. Para ele, esse formato reduz o potencial de retorno financeiro dos estúdios e coloca em risco a vitalidade criativa do setor.

Custos sobem, mas etiqueta permanece

No mesmo diálogo, o ex-diretor destacou que o preço padrão de US$ 60 para jogos AAA permanece praticamente intacto há duas décadas, apesar de orçamentos de produção terem saltado de cerca de US$ 10 milhões para mais de US$ 200 milhões. Layden defende que, sem reajuste, as empresas recorrem a microtransações, DLCs e edições de luxo para compensar a margem perdida, prática que considera insustentável a longo prazo.

Ponto de inflexão para blockbusters

Alguns lançamentos da atual geração já ultrapassaram o valor de US$ 70, mas a resistência do público obriga algumas editoras a recuar. Para o ex-chefe da PlayStation, a indústria enfrenta um dilema: ou aumenta o preço de capa dos jogos ou arrisca comprometer a viabilidade de grandes produções no futuro.

Ex-chefe da PlayStation critica Game Pass e defende aumento no preço dos jogos - Imagem do artigo original

Layden concluiu que o debate sobre preços deve ocorrer de forma transparente com consumidores e investidores, sob pena de o mercado ver menos títulos com orçamentos elevados nos próximos anos.

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