São Paulo — A sigla VRAM, de Video Random Access Memory, refere-se à memória volátil instalada nas placas de vídeo dedicadas que armazena, em alta velocidade, dados como texturas, imagens, modelos 3D e shaders. Essa reserva exclusiva evita que a GPU recorra à RAM do sistema ou ao armazenamento do computador, processos mais lentos que comprometem a fluidez de jogos, renderizações e outras aplicações visuais.
Como a VRAM opera
No fluxo de exibição de um quadro, os dados gráficos deixam o HD ou SSD, passam pela RAM e são enviados pela CPU para a VRAM. A GPU, posicionada ao lado desses chips na placa de circuito (PCB), acessa as informações localmente, processa cada pixel e envia o resultado ao monitor. Esse percurso enxuto garante carregamento rápido e diminui travamentos.
Dois fatores definem a velocidade desse processo. A largura de banda indica o volume de dados que podem ser lidos ou gravados em determinado intervalo, enquanto o barramento de memória mostra quantos bits viajam simultaneamente entre GPU e VRAM. Para suportar demandas intensas, as placas utilizam, em geral, chips GDDR, projetados para taxas de transferência mais altas.
Placas integradas não contam com VRAM
GPUs embutidas em processadores (iGPUs) não dispõem de memória dedicada. Elas reservam parte da RAM do sistema para guardar texturas e modelos, solução que elimina a necessidade de placa off-board, porém reduz a velocidade de acesso. Alguns sistemas permitem aumentar a quantia de RAM destinada ao vídeo, mas isso não converte a memória em VRAM nem resolve o gargalo de largura de banda.
É possível ampliar a VRAM?
Não. Os módulos vêm soldados à placa de vídeo e não há slots extras. Quem precisa de mais memória gráfica precisa adquirir uma nova GPU com maior capacidade. A única exceção parcial envolve iGPUs, que aceitam ajustes na quantidade de RAM compartilhada, embora a natureza da memória continue a mesma.
Quanto é suficiente?
De acordo com recomendações da AMD para jogos:
- 1080p — entre 8 GB e 16 GB
- 1440p — de 12 GB a 16 GB
- 4K — de 16 GB a 24 GB
Títulos e programas costumam indicar o requisito mínimo de VRAM em suas especificações. A quantidade, porém, não é o único ponto decisivo; poder de processamento da GPU e até da CPU também influenciam a taxa de quadros e a resolução suportada.

Como verificar a capacidade disponível
É possível conferir a VRAM instalada nas propriedades do sistema operacional ou em utilitários das fabricantes, como Nvidia App, AMD Software: Adrenalin Edition ou Intel Graphics Software. O manual da placa e o site da marca também trazem essa informação.
Em resumo, a VRAM exerce papel central para que jogos e aplicações gráficas rodem sem engasgos, pois reduz o caminho entre dados e GPU. Se a capacidade for insuficiente, o software pode apresentar falhas, quedas de desempenho ou nem abrir.
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Com informações de Tecnoblog