Pontualidade não negociável
George Gellert, 87 anos, presidente do Gellert Global Group, dirige um conglomerado de importação e distribuição de alimentos que fatura cerca de US$ 1,7 bilhão por ano. Para o executivo, chegar depois do horário é inadmissível: “Se você atrasa um minuto, é como se tivesse atrasado uma hora”. A posição contrasta com uma pesquisa de 2024 que apontou ser aceitável, para quase metade da Geração Z, chegar entre cinco e dez minutos após o início do expediente.
Rotina começa antes do amanhecer
Para evitar contratempos, Gellert acorda diariamente às 04h45. Nos primeiros 15 minutos do dia, liga para o sócio Charles Kushner, atual embaixador dos Estados Unidos na França, para alinhar pendências. Depois segue para uma atividade física e, por volta das 8 h, já ocupa a mesa no escritório.
Carreira iniciada “de baixo”
O empresário aconselha quem busca ascensão profissional a “sujar as mãos”. Em 1966, iniciou a trajetória abrindo correspondências na Atalanta, empresa do sogro. Desde então, diz que disciplina e metas claras o mantêm à frente dos negócios.
Geração Z e gestão de talentos
A pesquisa citada também mostrou que 56% dos profissionais mais jovens consideram natural trocar de emprego a cada dois ou três anos. Segundo Gellert, cabe às empresas oferecer um caminho de crescimento para reter esse público. “Eles querem saber qual é o próximo passo; se não houver, vão embora”, afirma.
Sucesso, discrição e uma regra curiosa
Gellert evita medir êxito por reconhecimento externo e prefere manter perfil discreto. Como critério de contratação, brinca que não gosta de candidatos que jogam golfe: “Significa que têm tempo demais”.
Quando acordar cedo não é condição universal
O exemplo do norte-americano não é regra entre líderes longevos. Warren Buffett, 94 anos, segue no comando da Berkshire Hathaway, mas declarou em 2017 preferir dormir até mais tarde. Para Gellert, no entanto, a disposição em começar cedo continua sendo o diferencial: “Gostamos do que fazemos aqui”.
