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Death Stranding 2 chega sem menu de acessibilidade e gera queixas de jogadores PCD

Death Stranding 2: On the Beach, desenvolvido pela Kojima Productions e distribuído pela Sony, estreou em 2025 prometendo aperfeiçoar a exploração e a narrativa do título original. No entanto, uma análise focada em acessibilidade revelou carências que dificultam ou impedem a experiência de jogadores com deficiência.

Interface sem ajustes visuais essenciais

Logo ao iniciar o jogo, não há painel dedicado a acessibilidade. Os menus exibem texto reduzido, com transparência que prejudica o contraste, e não oferecem opções de aumento de fonte, alteração de cor ou fundo opaco. Durante o gameplay, a HUD não pode ser redimensionada e faltam filtros para daltônicos.

As legendas mostram apenas o nome do personagem que fala, sem recursos de personalização de tamanho, cor ou closed caption para indicar sons do ambiente. A ausência de ajustes avança contra recomendações atuais para público com baixa visão, surdez ou dislexia.

Modos de dificuldade e gameplay pouco flexíveis

O jogo disponibiliza quatro níveis — História, Casual, Normal e Brutal — que podem ser trocados a qualquer momento. Entretanto, não há separação de parâmetros específicos para combate, exploração ou quebra-cabeças, prática já adotada por outros títulos recentes para ampliar acessibilidade.

Dentro da jogabilidade, a assistência de mira é a única ferramenta suplementar. Não são oferecidos auxílios de navegação, indicadores sonoros adicionais nem opções de leitura automática dos textos em tela.

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Controles com ajustes limitados

Entre os poucos recursos acessíveis está a personalização parcial de controles: é possível desativar sensores de movimento, escolher entre manter ou tocar botões para determinadas ações e regular a zona morta dos analógicos. Em contrapartida, o título não permite remapeamento completo de comandos internamente; usuários dependem das configurações de sistema do PlayStation 5 para alterar botões.

Impacto no público e preço de lançamento

Jogadores com deficiência relatam dificuldades para concluir a campanha em razão dessas barreiras. À época da análise, a edição digital custava R$ 400 na loja brasileira Nuuvem, valor que intensifica a crítica à ausência de recursos de acessibilidade considerados básicos no mercado atual.

A situação reforça o debate sobre padrões mínimos de inclusão em produções de grande orçamento, especialmente em lançamentos associados à Sony, empresa que tradicionalmente destaca avanços no tema em outros jogos do catálogo.

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