Crises de soluço marcam primeira semana de Bolsonaro em prisão domiciliar

O ex-presidente Jair Bolsonaro cumpriu a primeira semana de prisão domiciliar em sua residência no Jardim Botânico, em Brasília, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O período foi marcado por visitas controladas, variações de humor e recorrentes crises de soluço.
Rotina sob vigilância
De acordo com relatos de pessoas que tiveram acesso ao imóvel, Bolsonaro passou a maior parte do tempo dentro de casa, sem contato com telefones celulares, conforme ordenado pelo STF. Familiares, assessores jurídicos e aliados políticos só podem entrar após autorização individual do ministro e são orientados a deixar aparelhos eletrônicos do lado de fora.
Saúde e episódios de soluço
O cardiologista Leandro Echenique, integrante da equipe médica autorizada a acompanhá-lo, informou que as crises de soluço, já registradas em ocasiões anteriores, voltaram de forma intermitente. Segundo o médico, o sintoma tem origem em refluxo gástrico e não apresenta relação direta com a prisão, embora impeça o ex-presidente de dormir e, em alguns momentos, provoque náuseas.
Visitas de aliados e familiares
No campo político, o senador Ciro Nogueira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, figuram entre os aliados que receberam autorização para visitas presenciais. Os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro também passaram parte dos dias ao lado do pai, assim como o irmão Renato.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro mantém rotina externa ligada ao PL Mulher e regressa ao condomínio após compromissos. Parlamentares próximos, como Junio do Amaral, Marcelo Moraes e Luciano Zucco, aguardam datas definidas pelo STF para encontros.
Adaptação à nova realidade
Aliados afirmam que Bolsonaro, acostumado a atividades fora de casa, precisa estabelecer uma nova rotina. Tarefas domésticas, cuidados com animais de estimação e acompanhamento de notícias por meio de terceiros são apontados como alternativas para preencher o tempo enquanto durar a restrição.