Crise no Roblox: petição pela saída do CEO, banimento de streamer e processo na Luisiana agravam debate sobre segurança infantil

O Roblox vive um momento de forte pressão pública após uma série de denúncias de falhas na proteção de crianças. A situação ganhou força em 18 de agosto de 2025, quando uma petição on-line ultrapassou 110 mil assinaturas solicitando a renúncia de David Baszucki, cofundador e CEO da companhia.
Petição questiona liderança da empresa
Iniciada por usuários que alegam negligência da administração, a petição sustenta que a plataforma não garante um ambiente seguro para menores. O documento afirma que a confiança dos pais está comprometida e cobra mudanças imediatas na gestão.
Banimento de “vigilante” expõe novos conflitos
Paralelamente, o criador de conteúdo Schlep, conhecido por expor predadores sexuais infiltrados nos jogos, foi banido de forma permanente. O youtuber dizia colaborar com autoridades ao repassar provas de aliciamento colhidas durante suas próprias investigações. O head de segurança do Roblox, Matt Kaufman, justificou a decisão alegando que Schlep adotava métodos arriscados, como fingir ser criança e transferir conversas para fora do ambiente do jogo, o que criaria novos riscos aos usuários.
Após críticas da comunidade, Kaufman reconheceu que os vigilantes ajudaram a revelar casos graves, mas reforçou que denúncias devem ser enviadas pelos canais oficiais do Roblox.
Chris Hansen anuncia investigação independente
O jornalista Chris Hansen, famoso pelo programa “To Catch a Predator”, declarou em 15 de agosto que está reunindo vítimas, ativistas e policiais para investigar acusações envolvendo a plataforma. Em postagem na rede X, Hansen afirmou que pretende “responsabilizar” a companhia e confirmou a colaboração de Schlep na iniciativa.
Luisiana processa a empresa
As queixas não se limitam à esfera pública. O estado norte-americano da Luisiana ingressou com uma ação judicial contra o Roblox, conduzida pela procuradora-geral Liz Murrill. O processo de 42 páginas aponta permissividade na criação de contas falsas e menciona minijogos controversos, como Escape to Epstein Island e Public Showers, alegando que eles ilustram falhas de moderação.
O histórico citado pela promotoria inclui casos de aliciamento que migraram do universo virtual para encontros presenciais. Para as autoridades, o padrão demonstra negligência sistêmica que precisa ser sanado judicialmente.

Cenário de pressão crescente
Com petição popular, investigações externas e processo estadual, a plataforma enfrenta seu maior desafio reputacional desde o lançamento, em 2006. A resposta da empresa às demandas por maior segurança infantil será decisiva para o futuro de um jogo que hoje reúne milhões de crianças em todo o mundo.
Para acompanhar desdobramentos dessa e de outras pautas, visite nossa seção de notícias e fique informado sobre as principais mudanças no setor de tecnologia.
Continue acompanhando nossos conteúdos para saber como a indústria de games reage às cobranças por ambientes virtuais mais seguros.
Com informações de TecMundo