COP30 em Belém levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vistoriar nesta sexta-feira (3) diversos canteiros de obras que, segundo ele, representam um investimento federal de quase R$ 6 bilhões e “ficarão para sempre com o povo da capital paraense”.
Lula percorreu canais de drenagem, o complexo cultural Porto Futuro II e o Parque da Cidade, espaço de 500 mil m² que abrigará as zonas Azul e Verde da conferência climática. O financiamento engloba R$ 1,5 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao governo do Pará, além de verbas diretas da União.
COP30 em Belém: Lula afirma que obras deixarão legado
O presidente argumentou que as intervenções estruturais — como a macrodrenagem do Canal da União, com 350 m de retificação, 700 m de redes de água e esgoto, três passarelas e uma ponte — reduzirão alagamentos históricos e atrairão turistas após o evento, previsto para durar 20 dias. “Quando a COP terminar, cada centavo será patrimônio dos belenenses”, declarou.
No antigo porto industrial, o Porto Futuro II soma 50 mil m² e revitaliza cinco armazéns centenários. Ali funcionarão o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o Museu das Amazônias — que recebeu apoio não reembolsável de R$ 10 milhões do BNDES —, a Caixa Cultural e o futuro Porto Gastronômico. Exposições como “Amazônia”, de Sebastião Salgado, já estão confirmadas.
Mais cedo, Lula inaugurou o Parque Linear da Doca e visitou a Estação de Tratamento de Esgoto Una, iniciativas que integram o pacote de obras iniciado em 2023 para preparar a capital ao encontro climático. De acordo com comunicado do Palácio do Planalto, o conjunto de intervenções combina “cultura, ciência, inovação e tradição” para promover desenvolvimento sustentável na Amazônia.
O Parque da Cidade, que funcionou como aeroporto até a década passada, está temporariamente fechado para montagem das estruturas da COP30. O espaço inclui cinema, teatro, ciclovia, torre de contemplação e tecnologias de mitigação climática, como painéis solares e sistema de captação de água da chuva. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, ali serão discutidas ações do Plano Clima 2035, alinhadas às metas globais da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Com a conclusão das obras, o governo federal espera impulsionar o turismo e melhorar a qualidade de vida em Belém, alinhando infraestrutura urbana a objetivos ambientais.
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Crédito da imagem: Ricardo Stuckert