Direct-to-Device (D2D) é o nome do sistema que permite a um satélite de baixa órbita enviar dados diretamente a smartphones, wearables, veículos e equipamentos de Internet das Coisas, dispensando torres terrestres em muitas situações. A proposta é levar sinal de voz, mensagens, internet e alertas de emergência a regiões sem cobertura das redes móveis tradicionais.
Como o D2D se conecta ao usuário
A transmissão aproveita dois tipos de espectro:
- MSS (Serviço Móvel por Satélite) – utiliza as bandas L e S, reservadas para comunicações satelitais. Nesse modelo, o sinal vai do satélite ao dispositivo sem passar por estruturas terrestres.
- LMS (Serviço Móvel Terrestre) – conhecido como Direct-to-Cell, emprega frequências já usadas por operadoras móveis. Aqui, o satélite opera como uma “torre no espaço” e o tráfego é roteado pelos centros de controle das operadoras.
Vantagens imediatas
Entre os principais benefícios estão o aumento de cobertura em áreas remotas, a alternância automática entre rede terrestre e satélite quando o sinal das torres desaparece e a ausência de configuração extra para quem possui aparelhos compatíveis. No espectro MSS, a independência de infraestrutura terrestre reduz interferências e amplia o alcance de serviços de emergência.
Limitações atuais
O D2D enfrenta desafios regulatórios, pois cada país precisa liberar o uso do espectro. A capacidade de transmissão também é menor que a das redes móveis convencionais, restringindo-se, em muitos casos, a SMS, alertas e localização. Além disso, aparelhos mais antigos podem não ter os componentes necessários para se comunicar com satélites.
Celulares já testados no Brasil
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) avaliou a tecnologia com três modelos: Moto G4 Plus, Samsung Galaxy S22 e iPhone 13. Outros aparelhos listados como compatíveis são Moto razr 2025, Galaxy A15 5G e a próxima geração do Google Pixel 9. A compatibilidade costuma vir identificada pelo selo NTN (Non-Terrestrial Networks) ou pelo suporte aos padrões LTE e 5G usados no espectro LMS.
Quando usar o Direct-to-Device
O serviço é considerado complementar à infraestrutura tradicional. Em situações de desastre natural, expedições em áreas isoladas ou simplesmente em regiões onde não existem torres de celular, o D2D pode garantir o envio de mensagens de texto, coordenadas de localização e até pequenos pacotes de dados.

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O Direct-to-Device promete ampliar a conectividade global, mas depende da evolução regulatória e da adoção de dispositivos preparados para comunicação não terrestre. Continue acompanhando nossos conteúdos para saber quando a tecnologia chegará ao seu smartphone.
Com informações de Tecnoblog