A ex-jogadora norte-americana Carli Lloyd acredita que a seleção da Espanha chega mais preparada do que a Inglaterra para a final do Campeonato Europeu feminino de 2025. Em entrevista recente, a bicampeã mundial e medalhista olímpica destacou fatores técnicos, físicos e psicológicos que, segundo ela, conferem vantagem às espanholas.
Destaques individuais e diferença de estilo
Lloyd apontou a meio-campista Patri Guijarro como “motor” da equipa ibérica, sublinhando a capacidade da camisa 6 em ligar defesa e ataque com passes progressivos. A norte-americana também elogiou Aitana Bonmatí, Alexia Putellas e a atacante Claudia Pina, responsáveis por manter a posse de bola e criar jogadas decisivas.
Do lado inglês, a analista reservou elogios para a jovem Michelle Agyemang, de 19 anos, mas considerou que a atleta ainda deve ser utilizada de forma gradual pela técnica Sarina Wiegman.
Pênaltis e preparação psicológica
Questionada sobre as recentes disputas por pênaltis no torneio, Lloyd criticou a aparente falta de treino específico em algumas seleções. Ela citou o próprio histórico dos Estados Unidos em shoot-outs, recordando sessões regulares com ruído de arquibancada simulado para reforçar a confiança das cobradoras.
Prognóstico para a final
Para a ex-atacante, a Espanha combina posse, transições rápidas e capacidade de pressionar alto, enquanto a Inglaterra tem se apoiado em resiliência e recuperação física. “Vejo as espanholas um passo à frente; elas enfrentaram adversidades e continuam a dominar”, afirmou. Lloyd acrescentou que a seleção inglesa parece “desgastada” após partidas exigentes, fator que pode pesar no confronto decisivo.
Na avaliação da analista, as duas finalistas representam hoje o patamar mais alto do futebol feminino europeu, mas um Estados Unidos em plena força ainda poderia disputar posição entre os primeiros colocados.
