BuddyPoke, o aplicativo de avatares 3D que virou febre no Orkut, deixou de existir oficialmente, mas ainda desperta curiosidade entre quem viveu a era da rede social.
Ascensão meteórica no Brasil
Lançado em 2008 pelos desenvolvedores Dave Westwood e Randall Ho, o BuddyPoke permitia criar bonecos virtuais altamente personalizáveis e publicar animações no perfil. A solução usava a API OpenSocial, oferecida pelo Google, e rodava em Flash diretamente no navegador. Em pouco tempo, somou 34 milhões de utilizadores no Orkut, 98 % deles brasileiros, e alcançou 50 milhões ao considerar versões para MySpace e Facebook.
Declínio com o fim do Orkut e do Flash
O encerramento do Orkut, em 30 de setembro de 2014, marcou o começo do fim. O BuddyPoke dependia de Flash, tecnologia que perdeu suporte na década de 2010 devido a vulnerabilidades e à migração para HTML5. Sem a plataforma principal e sem a base tecnológica, o serviço foi desativado.
Tentativa móvel e estado atual
Após o fechamento da rede social, os criadores lançaram aplicações para Android e iOS com visual atualizado, mas o interesse já era menor. Esses apps foram retirados das lojas oficiais e não recebem manutenção. Hoje, apenas arquivos SWF ou APK preservados em repositórios não oficiais mantêm o legado do projeto, porém sem garantia de funcionamento ou segurança.
Por que ainda gera nostalgia
Para muitos utilizadores, o BuddyPoke simboliza a fase em que interações virtuais ganhavam forma através de avatares coloridos e animações cíclicas, usadas até em paquera online. O desaparecimento do serviço ilustra a transição tecnológica da internet: o declínio do Flash, a evolução para dispositivos móveis e a constante renovação das redes sociais.
