Tecnologia

Boeing eleva receitas no 2º trimestre e acelera produção de jatos

A Boeing reportou receita de US$ 22,75 bilhões no segundo trimestre de 2025, valor 35 % superior ao registado há um ano e cerca de US$ 1 bilhão acima das projeções de analistas. O resultado foi impulsionado pela recuperação no ritmo de entregas de aeronaves após a crise regulatória e a greve de 2024.

Resultados financeiros

Apesar do avanço nas receitas, a fabricante encerrou o trimestre com prejuízo líquido de US$ 612 milhões, ou US$ 0,92 por ação, montante menor que as perdas de US$ 1,44 bilhão verificadas um ano antes. O prejuízo ajustado ficou em US$ 1,24 por ação, também abaixo das estimativas do mercado.

O fluxo de caixa livre totalizou US$ 200 milhões, abaixo da expectativa de US$ 1,72 bilhão. A empresa terminou junho com US$ 23 bilhões em caixa e aplicações de curto prazo, frente aos US$ 23,7 bilhões do início de abril, diferença atribuída ao pagamento de dívidas e ao uso do fluxo de caixa. As linhas de crédito de US$ 10 bilhões permanecem disponíveis e não foram utilizadas.

Produção em alta e possível greve

Na divisão comercial, a produção do 737 atingiu 38 unidades em maio e permanece nesse patamar. O plano é elevar o total para 42 aeronaves por mês ainda em 2025, sujeito a aprovação da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA). Já o ritmo de fabricação do 787 Dreamliner passou de cinco para sete unidades mensais.

O quadro laboral pode enfrentar nova tensão: trabalhadores de uma das fábricas rejeitaram a proposta de acordo e ameaçam iniciar greve se não houver entendimento. A companhia já enfrentou paralisações em 2024, que afetaram o cronograma de entregas.

Perspetivas

Em comunicado, o presidente-executivo Kelly Ortberg afirmou que as medidas adotadas para reforçar segurança e qualidade “estão gerando melhorias” e que a Boeing continua focada em restaurar a confiança dos clientes. As ações da empresa acumulam alta de 34 % no ano, mas recuaram 4,4 % no dia da divulgação dos resultados.

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