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Luciano Bivar acusa líder do União Brasil de vender diretórios por propina

O deputado federal Luciano Bivar (PE), ex-presidente do União Brasil, afirma que o atual chefe do partido, Antonio Rueda, comercializou o controle de diretórios estaduais e municipais em troca de dinheiro.

Acusações do ex-presidente

Em entrevista publicada pela Folha, Bivar declarou que as supostas negociações ocorriam num apartamento alugado em São Paulo e em hotéis, onde, segundo ele, “encomendas” eram entregues como pagamento. O deputado relatou ter presenciado tratativas no Hotel George V e disse que diretórios do Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados teriam sido vendidos. Embora reconheça não possuir provas documentais, Bivar afirma ter “absoluta certeza” das irregularidades.

O rompimento entre os dois ocorreu em abril do ano passado, quando o grupo ligado ao antigo DEM apoiou Rueda para assumir o comando da sigla e afastar Bivar. Desde então, o ex-presidente foi excluído até do grupo de WhatsApp partidário e planeja deixar a legenda até abril.

Resposta de Antonio Rueda

Rueda classificou as declarações como “delírios e calúnias” e afirmou que a trajetória de Bivar “fala por si”. Em nota, o dirigente lembrou que o deputado responde a processos, foi afastado pela Justiça e teria chegado a ameaçar sua filha em 2023. Rueda é cotado para presidir a federação entre União Brasil e PP, que somaria 109 deputados federais e 14 senadores, tornando-se a maior do país.

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Contexto da relação

Luciano Bivar contratou Rueda como advogado há mais de duas décadas e o introduziu na política. O ex-presidente diz que confiava no aliado e permitiu que ele indicasse delegados em todo o Brasil, o que teria consolidado a base de apoio de Rueda dentro do partido. Bivar reclama ainda de uma “quadrilha familiar” que, segundo ele, passou a ocupar cargos estratégicos na sigla.

Desdobramentos

Bivar adiantou que buscará outra legenda caso a situação não mude até a janela partidária. Ele também nega participação em um incêndio na casa de praia de Rueda, episódio insinuado por aliados do dirigente. Até o momento, não há investigação formal contra Rueda sobre as denúncias de venda de diretórios.

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