Amazon reforça combate a produtos irregulares e responde à Anatel

Executivos da Amazon Brasil afirmaram que a empresa intensificou ações para impedir a venda de produtos sem homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As declarações foram feitas na quinta-feira (31) durante apresentação de um relatório de impacto econômico da companhia no país.
Empresa diz nunca ter recebido smartphone irregular em seus centros
Segundo a presidente da Amazon Brasil, Juliana Sztrajtman, inspeções realizadas pela Anatel não identificaram smartphones fora de conformidade nos centros de distribuição da plataforma. A executiva atribuiu o resultado a “investimento significativo” em processos de verificação, que incluem funcionários dedicados à fiscalização e ferramentas automatizadas para analisar anúncios.
De acordo com a empresa, a tecnologia examina todos os itens listados no marketplace — mais de 150 milhões de produtos em mais de 50 categorias — para confirmar certificações e autenticidade. A Amazon também mantém um programa de “brand registry”, que permite a fabricantes denunciar ofertas suspeitas diretamente na plataforma.
Política de cadastro exige certificação da Anatel
A head de comunicação, Eliana Paschoalin, informou que o número de homologação da Anatel é campo obrigatório no cadastro de eletroeletrônicos. Ela citou um caso em que um aparelho foi classificado como irregular porque o selo impresso omitira dois zeros iniciais, apesar de o código estar correto, para exemplificar a diferença entre produto pirata e irregular.

Litígio com a agência reguladora
A Anatel intensificou a fiscalização sobre marketplaces, alegando que multas não têm sido suficientes para coibir a oferta de itens não certificados. Em operação de junho, a autarquia lacrou 1,7 mil produtos irregulares em centros da Amazon e 1,5 mil no Mercado Livre. A agência chegou a cogitar solicitar o bloqueio dos sites, mas decisões judiciais recentes limitaram seu alcance.
Investimento de R$ 55 bilhões em dez anos
Durante o mesmo evento, a companhia informou ter aplicado R$ 55 bilhões no Brasil na última década, incluindo logística, serviços de nuvem e programas de formação profissional. A Amazon calcula ter gerado 36 mil empregos diretos e indiretos e mantém cerca de 550 vagas abertas.