ADAS Nível 2 torna realidade a cena em que o carro desacelera, freia e volta a acelerar sem intervenção humana, combinando recursos que elevam a segurança, mas ainda exigem supervisão total do motorista.
Presentes em SUVs, sedãs e até modelos compactos, esses Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista unem câmeras, radares, sensores ultrassônicos e algoritmos de inteligência artificial para agir em milissegundos e evitar acidentes.
ADAS Nível 2: tecnologia já presente nos carros brasileiros
Segundo a classificação da SAE, o Nível 2 é o estágio em que o veículo realiza simultaneamente aceleração, frenagem e esterçamento. A diferença crucial para níveis superiores é a responsabilidade: mesmo com controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e assistente de centragem de faixa (LKA) ativos, o condutor deve manter as mãos no volante e atenção constante.
O pacote típico inclui ACC, LKA, frenagem autônoma de emergência (AEB), detector de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro e, em baixas velocidades, o Traffic Jam Assist. Esses recursos entregam mais conforto em congestionamentos, reduzem colisões traseiras e ajudam motoristas iniciantes a ganhar confiança.
Números da Administração Nacional de Segurança no Trânsito dos EUA (NHTSA) indicam queda de até 40 % nos acidentes por distração em veículos equipados com assistências avançadas, reforçando a eficácia do sistema.
No Brasil, modelos como Jeep Compass e Commander, Toyota Corolla e Corolla Cross, Honda Civic e Mercedes-Benz Classe C oferecem ADAS Nível 2 em diferentes versões. A popularização é tendência: montadoras já estudam levar partes do pacote a veículos de entrada, embora o custo dos sensores ainda pese no preço final.
Apesar dos benefícios, a falsa sensação de autonomia permanece o maior risco. Condições adversas — chuva intensa, sinalização precária ou trânsito caótico — podem desativar as funções. Se o motorista soltar o volante para usar o celular, o sistema reagirá com alertas sonoros e visuais, mas a responsabilidade legal seguirá sendo dele.
Analistas apontam o Nível 2 como ponte para o Nível 3, que permitirá ao carro assumir em cenários específicos, como tráfego lento em rodovias. A transição depende de infraestrutura viária e de maior confiança pública em sistemas semiautônomos.
Em resumo, o ADAS Nível 2 funciona como um copiloto digital: executa os passos mais repetitivos, mas precisa do “comandante” pronto para reagir. Convivendo desde já com ACC, LKA e AEB, motoristas brasileiros se preparam para um futuro de automação cada vez mais sofisticada.
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